Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
POLÍTICA
Sexta - 21 de Julho de 2017 às 18:58
Por: Redação TA c/ Gazeta Digital

    Imprimir


Foto Divulgação

O aumento da tributação sobre os combustíveis e o bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em gastos no orçamento federal não tem agradado nem os mais próximos ao presidente Michel Temer (PMDB). Até mesmo o senador mato-grossense José Medeiros (PSD), vice-líder do governo no Senado, esquivou-se de fazer uma defesa do reajuste, que passa a valer a partir desta sexta-feira (21).

Nesta quinta-feira (20), o governo federal anunciou a elevação da alíquota de PIS e Cofins sobre os combustíveis. Na prática, a tributação sobre a gasolina subirá R$ 0,41 por litro, sobre o diesel subirá em R$ 0,21, enquanto o etanol subirá R$ 0,20 por litro.

“Essa é de doer, né? Isso aí é que nem bola de Rogério Ceni, no ângulo, não tem defesa”, afirmou em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Record Cuiabá.

Para o senador, a solução seria pensar na diminuição dos custos e não no aumento de impostos. Hoje, os tributos estaduais e federais representam cerca de 50% do preço da gasolina, por exemplo. Confira o vídeo da entrevista no final da matéria.

“Eu sempre torço o nariz, como todo o brasileiro. Temos que começar a pensar em diminuição de custos porque essa carga tributária ninguém aguenta mais. Ela já é uma das maiores do mundo”, afirmou.

O aumento de tributos não era uma das primeiras medidas pensadas pela União para aumentar a receita; no entanto, sem a aprovação da Reforma da Presidência ou do programa de refinanciamento das dívidas de empresas com a Receita, a solução foi o reajuste do imposto.

De acordo com o senador, a União precisa pensar em novas alternativas para não “penalizar” a população. “Realmente nós temos que deixar de ser escravos, de que a cada momento que se aumenta os gastos, mete-se a mão no bolso do contribuinte como se ele fosse uma botija de ouro infinita”, disse.

O reajuste – O reajuste dos preços já está em vigor e faz parte das ações da equipe econômica para tentar cumprir a meta fiscal do ano, um déficit de R$ 139 bilhões.

A alíquota subiu de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Já para o distribuidor, a alíquota antes zerada aumentou para R$ 0,1964.

Além da própria população, diversas entidades como a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo criticaram tal reajuste.

Em Mato Grosso, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo) emitiu nota onde afirma estar em “profunda apreensão com o cenário econômico atual”.

“Entendemos, por fim, que o aumento da carga tributária é especialmente prejudicial num quadro de recessão, pois transfere recursos do setor privado para o público. Todos saem perdendo: empresas, consumidores e a sociedade.”, disse.





URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/31854/visualizar/