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POLÍTICA
Quinta - 17 de Agosto de 2017 às 13:40
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Dida Sampaio/Estadão
Plenário da Câmara
Plenário da Câmara

A Câmara dos Deputados devolverá ao Tesouro Nacional, até o fim de setembro deste ano, cerca de R$ 300 milhões. Responsável pelas contas da Casa, o 1º secretário da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), disse ao Estado/Broadcast Político que a maior parte desse montante será proveniente da renegociação da folha de pagamento dos servidores da Casa. A outra parte será oriunda de "economias" com controle de gastos administrativos.

De acordo com Giacobo, a renegociação da folha renderá cerca de R$ 200 milhõesdos R$ 300 milhões que serão devolvidos. O parlamentar paranaense disse não poder adiantar quais bancos comprarão a folha em pagamento, alegando que a negociação ainda está em andamento. O Estado/Broadcast Político apurou, porém, que as negociações mais avançadas estão com o Banco do Brasil e Caixa, que teriam ofertado R$ 206 milhões para continuar com folha de pagamento da Casa.

Os outros R$ 100 milhões que a Câmara devolverá aos cofres da União virão de economias com conta de água e energia, redução dos gastos com passagens aéreas, desconto em contratos de aluguel de carros usados por parlamentares e demissão de funcionários terceirizados. De acordo com Giacobo, quase 200 terceirizados foram demitidos da Câmara desde o início do ano, quando ele assumiu a 1ª Secretaria da Casa.

O parlamentar paranaense disse que ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já informaram ao Ministério da Fazenda sobre a devolução dos recursos. Ele ressaltou que a Casa não era obrigada a devolver o dinheiro, mas o fará como forma de "dar exemplo", em meio à crise fiscal que atinge o governo brasileiro. "Precisamos dar o exemplo. Em 2003, eram 2 mil terceirizados. Hoje já são 3.250", disse o parlamentar paranaense.

Maia também anunciou a devolução dos recursos da Câmara para a União durante reunião com líderes partidários na manhã desta quarta-feira na residência oficial, na qual discutiam detalhes sobre a votação de um fundo eleitoral para bancar as eleições. O informe foi feito um dia após o governo anunciar revisão na meta fiscal deste ano e do próximo, para aumentar a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 159 bilhões.





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