Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
POLÍTICA
Terça - 23 de Fevereiro de 2016 às 14:03
Por: Da Redação TA c/Assessoria

    Imprimir


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades das obras da Copa 2014 ouviu hoje (23) mais duas testemunhas.

A primeira delas foi o técnico efetivo do Cepromat José Eduardo da Costa Borro, que, na época, exercia a função de superintendente tecnológico de informática da Secopa. E, na sequência, os membros da comissão colheram os depoimentos da gerente de arquitetura empresarial do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Marta Rettelbush de Bastos.

Na avaliação dos deputados, em muitas das respostas dos dois depoentes, faltaram dados mais contundentes.

“Nesses depoimentos, tivemos mais informações técnicas para sanar dúvidas, mas hoje também se repetiu, como nos depoimentos anteriores, a declaração de que as decisões vinham sempre finalizadas, com ordens de cima”, disse ele.

Durante o depoimento do técnico do Cepromat, o deputado Wilson Santos (PSDB) criticou as divergências de valores nos projetos apresentados antes e depois do término das obras.

“Diante dos documentos, observo que não há nem projetos básicos nos trabalhos de informática realizados na Arena. Isso é muito ruim para uma empresa”, apontou o deputado.

No depoimento, José Eduardo Borro admitiu que acompanhou dezessete projetos da Secopa desde 2012, entre eles, as obras da Arena, Fanfest, acesso à rede de internet e os COTs.

“Nosso serviço foi basicamente direcionado para a tribuna de imprensa, centro de mídia e centro de credenciamentos. Não tenho conhecimentos da parte financeira e nem da administrativa”, falou ele.

Para a testemunha Marta Bastos, os parlamentares também questionaram os valores e formas de contratos, mas a depoente não respondeu a essas indagações.

“Meus serviços foram mais com parte técnica e aconteceram muitos atrasos nos trabalhos básicos da Arena. Isso por determinação da Secopa, que precisou enxugar o projeto, tornando-o mais específico, para garantir o funcionamento”, revelou ela.

De acordo com informações da gerente de arquitetura empresarial, o CPqD foi considerado o braço técnico da Secopa em diversas áreas de análise nos termos de contratações.

O engenheiro florestal Luiz Gonzaga de Oliveira, ex-membro da comissão técnica responsável pela elaboração do anteprojeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), e que estava convocado, comunicou sua ausência antecipadamente.

 

Após uma hora e meia de depoimentos, o presidente da CPI encerrou os trabalhos e marcou a próxima reunião para o dia 1° de março, no auditório Milton Figueiredo, a partir das 9 horas.    





URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/3262/visualizar/