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POLÍTICA
Quarta - 08 de Novembro de 2017 às 12:38
Por: Gazeta Digital

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Otmar de Oliveira
Vereador Toninho de Souza (PSD)
Vereador Toninho de Souza (PSD)

O requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó foi protocolado na tarde desta terça-feira (7) na Câmara de Cuiabá e deve ser lido em plenário na próxima semana. Com a assinatura do vereador Toninho de Souza (PSD), a reivindicação dos parlamentares da oposição consegue 9 adeptos e a investigação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) deve ser instaurada em até cinco dias após o pedido ser entregue a Mesa Diretora em sessão.

“É a oportunidade de a Câmara fazer o seu papel, oportunidade de trazer a verdade a tona, do prefeito não esperar ser convocado pela CPI, mas já que ele tem a documentação, sua defesa contundente, que faça isso perante a Câmara Municipal. Isso que a população espera e a ausência dessa verdade que provoca esse caos politico. Com a instalação da CPI, o parlamento cumpre seu papel que é investigar”.

Toninho anunciou durante sessão que estaria se afastando da base do prefeito para poder se manifestar sobre a investigação. Também assinaram a petição os vereadores Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (PROS), Felipe Wellaton (PV), Elizeu Nascimento (PSDC), Abílio Júnior (PSC), Sargento Joelson (PSC), Diego Guimarães (PP) e Gilberto Figueiredo (PSB).

“Ninguém tem interesse de condená-lo por antecipação. Aguardamos com paciência as explicações e isso não foi feito ainda. Não quero ser adversário do prefeito, mas para que eu tenha liberdade em minhas decisões eu tomei essa decisão. Afastei da base, coloquei à disposição todos os cargos que eu tenho para que eu possa me sentir confortável em fiscalizar. Vou continuar junto com Cuiabá, não serei oposição à minha cidade”, disse o parlamentar.

O pedido de CPI foi apresentado pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) após o prefeito Emanuel Pinheiro ser flagrado em um vídeo recebendo maços de dinheiro entregues por Silvio Cézar Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O vídeo faz parte da delação premiada de Silval, já homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

Em seus acordos de delação premiada, Silvio e Silval afirmam que o dinheiro recebido por Pinheiro era propina paga aos deputados estaduais como mensalinho em troca de apoio político e para que os parlamentares não investigassem irregularidades em obras e contratos da gestão Silval.
Nas imagens, Emanuel aparece recebendo maços de dinheiro e colocando no paletó.

“A Câmara vai trabalhar para que a verdade apareça. A imagem do prefeito é muito clara, aquilo que ele estava pegando era dinheiro. Agora que circunstância envolve aquele dinheiro? Todos querem saber e os vereadores têm a prerrogativa de investigar”, ressaltou Souza.





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