Consciência Negra
Educadores da Baixada Cuiabana estudam religiosidade africana
Às vésperas do dia da Consciência Negra (20 de novembro) o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), por meio da regional Oeste (Baixada Cuiabana), realiza dia 17 e 18 de novembro o minicurso: “Alguns aspectos e esboços introdutórios das religiosidades afrobrasileiras uma abordagem histórica”, com o professor doutor Flávio Antônio da Silva Nascimento. O evento ocorre na sede central, em Cuiabá, das 8h às 18 horas.
O professor Flávio Nascimento é docente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), formado em História, pela Universidade de São Paulo (1982) e tem transitado entre as duas universidades desenvolvendo o exercício profissional e a própria formação. Especialista no tema racismo, lançou em outubro uma cartilha que integra a discussão junto aos profissionais da educação, no 5º módulo do curso de formação sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
No minicurso fará a abordagem destacando uma parte da história do negro entre as inúmeras contribuições que trouxeram para a formação do povo brasileiro. A discussão sobre religiosidade de matriz africana será uma forma de reafirmar a importância da cultura afro para a formação cultural da sociedade, em especial nos municípios da Baixada Cuiabana, em que a raiz cultural do povo negro prevalece.
Segundo o diretor da regional Oeste do Sintep/MT, Ricardo Assis, os nove municípios que integram a cuiabania (Acorizal, Jangada, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Várzea Grande, Poconé, Barão de Melgaço e Cuiabá) registram o maior número de quilombos do estado. “Poconé é o que tem o maior número de comunidades quilombolas, são 32 reconhecidas pelo Instituto Palmares. Existe um conflito que gera muitos preconceitos e precisa ser desmistificado, a partir da escola”, afirma Assis.