CARRETA CIÊNCIA
Circuito vai levar Ciência e Tecnologia para todo o Estado
A Ciência vai rodar pelos quatro cantos do Estado de Mato Grosso a partir desta semana, no Circuito Itenarante da Ciência de Mato Grosso. A iniciativa é do Governo do Estado de Mato Grosso, realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec), em convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que tem como ferramenta principal a carreta MT Ciências, cujo baú vira desde laboratório de ciência e tecnologia até sala para exibição de vídeos e palestras, que percorrerá os municípios do Estado.
O Circuito foi lançado nesta terça-feira (21.11), no estacionamento do Ginásio Aecim Tocantins, com a presença de alunos da Escola Estadual Governador José Fragelli, a Arena da Educação, e do governador Pedro Taques. “Um país precisa de bases como a ciência, tecnologia, inovação e conhecimento e a Secitec tem trabalhado toda essa estrutura. Os alunos precisam da transformação que vem acontecendo com os indicadores educacionais do Estado, e isso só se dá com a ajuda com a ciência, a inovação e o conhecimento”, afirmou Taques.
O projeto que teve seu convênio assinado em 2012 e liberação oficial do MCTIC em 2016, deve atender 30 municípios por ano e alcançar mais de 90 mil estudantes. A expectativa é que a exposição interativa e itinerante desperte a compreensão de conceitos e promova a popularização da ciência. “O Governo do Estado traz mais esse projeto que leva ciência a todos os cantos de Mato Grosso. São R$ 2,1 milhões de investimento, do Governo Federal, além da contrapartida estadual para a manutenção”, destaca o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Sávio. Em Cuiabá a carreta fica à disposição da população para visitação durante toda a terça-feira, e a primeira etapa do Circuito atenderá a Baixada Cuiabana, iniciando ainda em dezembro.
A estrutura da carreta conta com uma extensão do baú e duas tendas externas armadas para abrigar o acervo de novidades. Os visitantes – estudantes, crianças, jovens e adultos terão a seu dispor experiências únicas com microscópios, espelhos côncavos e convexos, câmaras escuras e o modelo de olho, vórtex, globos de plasma, condução humana, observação de vegetais e detalhes de insetos, multimídias, ilusões de óptica, anamorfose, casa maquete, além do famoso gerador Van de Graaff – que produz energia eletrostática e deixa os cabelos arrepiados. O aluno Kevin Willian, da Escola José Fragelli, participou do Circuito e ficou impressionado com o aprendizado. "Nós ainda não temos laboratório assim. Com um projeto desse nós podemos ver na prática o que estudamos. Como o consumo de energia, depois que vi lá o quanto gasta, acho que vou dormir de janela aberta”, disse Kevin.
As turmas que visitarem a carreta, serão acompanhadas por uma equipe de oito monitores bolsistas devidamente treinados para que a experiência tenha o maior impacto possível. A superintendente de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Secitec, Lectícia Figueiredo, explica que a há dois projetos semelhantes ao MT Ciências no país e, que os resultados são expressivos – o Museu do Ponto, em Minas Gerais e, Caravana da Ciência, no Rio de janeiro. “Levar toda essa estrutura aos alunos com um ambiente de descontração e ao mesmo tempo de informação sobre ciência, de maneira dinâmica e lúdica, fortalece e fixa os ainda mais os conceitos e o interesse pelos temas. É uma equipe de 13 pessoas, ao todo, envolvida com o projeto e que estará na estrada atendendo a população”, afirma Lectícia.
Segundo a Pesquisa de Percepção Pública da Ciência e da Tecnologia 2015, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apenas 12% dos brasileiros com mais de 16 anos visitam museus ou centros de ciência e tecnologia. Para o secretário Domingos Sávio o MT Ciências dá acesso para que esse índice aumente. “Estamos levando 30 experimentos lúdicos e diferenciados, uma carga frágil que, mesmo com os cuidados de logística, chegará às regiões mais distantes do Estado. Levaremos não só a oportunidade e popularização da ciência, mas a inclusão também”, finalizou.