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POLÍCIA
Sexta - 15 de Dezembro de 2017 às 12:11
Por: Redação TA c/ Agência Brasil

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Foto: Arquivo/Ilustrar

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagaram nesta sexta-feira (15) uma nova etapa da Operação Ararath, cuja primeira fase foi desencadeada em 2013, em Mato Grosso, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional.

Seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) estão sendo cumpridos. A PF não divulgou detalhe sobre os alvos das investigações, que correm em segredo de Justiça.

Esta 15ª fase da Operação Ararath recebeu o nome de Cocite e apura especificamente os indícios de que integrantes de organização criminosa investigada desde 2011 teriam, mais recentemente, cometido os crimes de coação e embaraço às investigações penais.

Em novembro de 2013, quando deflagrou a Operação Ararath, a PF estimou que, desde 1998, os investigados tinham movimentado mais de meio bilhão de reais. Ainda de acordo com a PF, o grupo investigado utilizava empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a diversas pessoas físicas e jurídicas no estado.

Os recursos, segundo os investigadores, eram movimentados nas contas das factorings e de outras empresas ligadas a integrantes do grupo. O principal crime apurado consiste no fato de que as empresas de factoring, de natureza estritamente mercantil e com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, exercia outras atividades exclusivas de instituição financeira, não autorizadas pelo Banco Central, como, por exemplo, concessão de empréstimos com exigência de garantia.

Agentes públicos e empresários foram denunciados pelo MPF, entre eles o ex-secretário da Casa Civil e de Fazenda do Estado de Mato Grosso Éder de Moraes Dias, condenado pela Justiça. Em setembro desse ano, ao deflagrar a 12ª fase da Ararath, a PF fez buscas e apreendeu documentos em 64 endereços, incluindo imóveis ligados ao ministro da Agricultura Blairo Maggi e o gabinete do deputado federal Ezequiel Fonseca (PP-MT), na Câmara dos Deputados.

Nomeada como Operação Malebolge, essa etapa foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro da Corte, Luiz Fux, ter autorizado, no final de agosto, a instauração de um inquérito para investigar denúncias feitas pelo ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em depoimento, Silval Barbosa afirmou que, durante seu governo, era rotineiro o pagamento de propina a parlamentares para evitar que membros do alto escalão do estado fossem investigados em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). O chefe de gabinete de governo durante a gestão de Silval Barbosa, Silvio Cesar Correa, gravou vídeos registrando o pagamento de propina a deputados estaduais. Cada parlamentar, segundo os depoentes, teria recebido R$ 600 mil, em 12 parcelas mensais. Silval Barbosa também relatou ter pago R$ 200 mil a três deputados estaduais para que votassem pela aprovação das contas de seu governo.





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