Segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública, este trabalho conjunto envolve a necessidade de um Poder Judiciário, de um Ministério Público e de organismos sociais fortalecidos e engajados
Justiça, Assistência Social e Segurança debatem parceria no combate à violência
“Estas três pastas têm um trabalho interligado no que diz respeito ao enfrentamento à violência. São ações que partem do trabalho de conscientização da população, passam por ações de prevenção e repressão ao crime e continuam no processo de reintegração social pelo qual passam os recuperandos do Sistema Penitenciário”, disse Dorilêo.
O gestor da Sejudh lembrou que para obter sucesso no combate à violência é preciso que o governo envolva todo os aparelhos de segurança do estado em uma única engrenagem, bem como invista no aparelhamento destas secretarias e na capacitação de seus servidores. “A Segurança recebeu importantes investimentos no primeiro ano da atual gestão, e vai dar continuidade a este trabalho também na Sejudh; em 2015 já recebemos investimentos na compra de armamento e de aparelhos de fiscalização eletrônica, como portais de raio-x; este ano lançaremos o concurso e já iniciamos a construção de unidades penitenciárias”, destaca o secretário.
O secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, Valdiney de Arruda, acrescentou a importância da reunião para que as três pastas dessem continuidade às ações de enfrentamento à violência, temática que é um fenômeno social, e que por isso engloba o trabalho desenvolvido por secretarias como a de Trabalho e Assistência Social (Setas). “A violência é um fenômeno não só da segurança, nem dos direitos humanos, nem das questões econômicas, é algo maior, que envolve todos”.
Arruda ponderou que grande parte da violência e da criminalidade tem motivação econômica. “Nós precisamos evoluir para os modelos de inclusão socioprodutiva, de atendimento integral e de prioridade para que esse público venha para esse processo de inclusão assistida, e que em curto e médio prazo ele possa ser devolvido pra sociedade muito melhor do que ele foi encontrado”.
O gestor da Setas citou o Emprega Rede como o maior programa de governo já lançado para a promoção da inclusão socioprodutiva. Uma pessoal vulnerável tem chances muito maiores de ser levada para o mundo do crime. “O Emprega Rede está contribuindo para que essas pessoas sejam qualificadas, tenham condições de serem absorvidas pelo mercado de trabalho ou abram o seu pequeno negócio”.
Já o secretário estadual de Segurança Pública, Fábio Galindo, destacou que do ponto de vista da segurança o combate à violência exige uma polícia forte, mas não prescinde e não dispensa políticas públicas preventivas e de inclusão, além de uma capacidade forte do Estado de ressocializar aquele que está no sistema prisional.
“Nos temos que atacar o problema na base, temos que atacar o problema central que é o problema do crime, e temos que atacar o problema na ponta do iceberg, que é a reincidência, aquele que praticou um crime, deve receber um tratamento adequado para que não venha a retroalimentar o sistema”.
Galindo explica que este é um problema que é enfrentado em três frentes principais: políticas públicas preventivas e de inclusão; política de segurança de repressão ao crime e também a reintegração social dos que ingressaram no sistema prisional e devem dele sair melhores. “Isso está sendo discutido porque a sociedade ganha quando há uma articulação entre os responsáveis pelas políticas públicas de enfrentamento à violência. A violência se combate com polícia, mas não apenas com polícia. É necessário que haja um enfrentamento transversal e multifacetário de um problema que é sistêmico”, pontou o secretário.
Segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública, este trabalho conjunto envolve a necessidade de um Poder Judiciário, de um Ministério Público e de organismos sociais fortalecidos e engajados.