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POLÍTICA
Terça - 16 de Fevereiro de 2016 às 15:33
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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 Em seu discurso no Fórum Global para Inovações na Agricultura (GFIA), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, nesta terça-feira (16), o governador Pedro Taques defendeu a estratégia apresentada pelo Estado na Conferência Mundial do Clima (COP-21), ocorrida em dezembro passado, na França. Para Taques, a proposta Produzir, Conservar e Incluir apresenta as mudanças estruturais necessárias para levar Mato Grosso ao desenvolvimento sustentável.

O governador destacou que a cada dia torna-se mais evidente e urgente a necessidade de todos se comprometerem e se conscientizarem de que somente uma mudança estrutural nos processos de produção e consumo pode, efetivamente, diminuir os impactos que já são sentidos não apenas pelos países mais vulneráveis, mas pela população em geral.

Celeiro na produção nacional, Taques destacou Mato Grosso, falando de sua dimensão territorial, em que caberiam Reino Unido, Portugal, Japão e Grécia juntos, mas também a capacidade produtiva do estado, uma vez que o estado é gigante em produtividade e potencialidades econômicas.

Taques lembrou o compromisso de Mato Grosso com a preservação de suas áreas. “Temos, hoje, 63% de área preservada, com capacidade para ampliar a área plantada em até 16 milhões de hectares sem derrubar uma árvore sequer”, afirmou o governador.

Falando da participação do agronegócio, setor responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, Taques garantiu que o governo estadual trabalha para que a malha asfáltica estadual atinja 8.340 quilômetros nos próximos anos. O objetivo é facilitar o escoamento da produção local.

Produção com sustentabilidade

Citando a proposta Produzir, Conservar e Incluir, Taques avaliou que as metas são arrojadas, ambiciosas, porém, factíveis e ressaltou que foram traçadas após longas discussões envolvendo todos os atores: Estado, setor produtivo e sociedade civil organizada.

Destacando as estratégias, o chefe do Poder Executivo afirmou que no eixo Produzir o trabalho é de substituir 6 milhões de hectares de pastagens de baixo rendimento por cultivos de alta produtividade e alcançar 6 milhões de hectares de florestas nativas sob manejo florestal sustentável.

No eixo Conservar, o Estado já trabalha para recuperar 2,9 milhões de hectares de áreas de preservação permanente, ampliar a área de florestas plantadas em áreas já abertas de 317 mil para 800 mil hectares até 2030 e eliminar o desmatamento ilegal até 2020.

No último eixo, o governador afirmou que a estratégia prevê aumentar de 20% para 70% a participação da agricultura familiar no mercado interno de alimentos, promover a regularização fundiária em 70% dos lotes deste segmento, com oferecimento de assistência técnica e ampliando o acesso ao crédito, de R$ 411 milhões para R$ 1,3 bilhão ao ano, o que, para Taques, irá provocar um enorme impacto social e econômico na vida destas famílias.

“Destaco, ainda, a criação do Parque Tecnológico de Mato Grosso, que também irá contribuir para o avanço das atividades agrícolas e pecuárias. Como resposta às nossas propostas, obtivemos uma repercussão extremamente positiva, em âmbito local, nacional e internacional, que demonstra a confiança em Mato Grosso como um ambiente atrativo e seguro para novos investimentos, a despeito do cenário de crise que o país e o mundo atravessam”, disse Taques.

Segundo o governador, os olhares estão novamente voltados para Mato Grosso, com curiosidade e real interesse, como fruto de esforços integrados de todos os envolvidos, do estabelecimento da cultura do desenvolvimento sustentável em Mato Grosso.

“Eu acredito no modelo inovador que estamos propondo. Mato Grosso acredita firmemente nesta transformação consciente e sustentável, em prol do planeta, da correta utilização dos recursos, que apesar de abundantes, são limitados”, concluiu o governador.

Agenda no exterior

A missão em Abu Dhabi segue até 18 de fevereiro e, além de programações no evento, estão agendadas reuniões com a Câmara de Comércio de Abu Dhabi, Câmara de Comércio Internacional dos Emirados Árabes Unidos, visita à planta da BRF e ao escritório da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).





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