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POLÍTICA
Quarta - 04 de Abril de 2018 às 16:11
Por: Gazeta Digital

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O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) comentou nesta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), sua falta ao depoimento marcado junto ao Ministério Público (MPE) em investigação proveniente da Operação Bereré. “Nós estamos remarcando para ainda hoje ou mais provavelmente para amanhã”, disse ao negar participação no esquema de pagamento de propina no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) e ironizar o valor supostamente recebido.

O tucano foi citado por receber R$ 19,6 mil de forma suspeita e deveria prestar depoimento nesta quarta-feira. Ocorre que a data coincidiu com sua volta ao cargo de deputado estadual após exercer função de secretário de Cidades no staff de Pedro Taques (PSDB).

“Eu tenho que trabalhar, né?”, indagou o tucano quando questionado pela reportagem sobre o motivo de não ter ido ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) para depor. A investigação da Operação Bereré identificou fraudes no contrato entra o Detran e a empresa EIG Mercados, antiga FDL Serviços.

O MPE afirma que pelo menos R$ 27 milhões foram desviados. Entre os alvos principais estão os também deputados Eduardo Botelho e Mauro Savi, ambos do DEM.

Ouvido na Bereré, o ex-senador e marqueteiro Antero Paes de Barros afirmou que quatro cheques recebidos por sua empresa, em 2010, em nome de Eduardo Botelho, totalizando R$ 19,6 mil, foram a título de pagamento de serviços de campanha ao à época candidato ao Governo, Wilson Santos.

Wilson Santos, porém, nega qualquer envolvimento no esquema. “Tranquilo. Olha, é um valor de R$ 19 mil. Sabe quanto isso significa no montante de R$ 27 milhões? 0,0%”, ironizou Santos.

Para tentar sepultar as suspeitas, ao menos momentaneamente, o tucano lembrou seu passado. Segundo ele, não existe histórico criminal.

“Eu não tenho precedente de propina. Eu não tenho precedente de safadeza. Abri mão de R$ 7 milhões de Fap, que poderia estar recebendo há 23 anos. Eu não tenho esses precedentes. Quer dizer que eu ia lavar R$ 19 mil para Botelho, para ele me devolver 10%? R$ 1,9 mil. É surreal. É ininteligente”, finalizou o deputado.





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