Fávaro defende importância de ferrovia em reunião com chineses
Fávaro defenderá que os Estados estão prontos para colaborar com o plano binacional. “Como o governador Pedro Taques está nessa missão internacional, eu vou representar o Estado, recebendo os empresários chineses junto com os governadores do Acre e Rondônia. Vamos mostrar que os Estados estão prontos para fazer a sua parte, atrair esse investimento e transformá-lo em um marco para o desenvolvimento regional e também nacional”, afirmou.
O convite para a reunião é do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, que está trazendo um grupo de empresários chineses que têm interesse em investir na ferrovia, mas que antes solicitaram uma conversa com os governadores desses Estados que serão beneficiados pelo traçado proposto, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico.
“Não precisamos trabalhar a ferrovia toda de uma vez. Já podemos iniciar os pontos mais importantes, e começar ligando os terminais portuários de Porto Velho à ferrovia Norte Sul. Então ela já pode começar a ser construída com um objetivo mais adiante, de oceano a oceano”, explica Fávaro.
Em junho quando a comitiva esteve em Mato Grosso para conhecer as potencialidades e a infraestrutura do Estado de Mato Grosso, foi contratado um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental que deve ficar pronto em abril.
“Tenho a impressão de que com os estudos preliminares apontam grande viabilidade e isso já despertou interesse dos empresários nessa construção. E eles vieram aqui saber se os governos estão prontos para trabalhar em parceria para que esta obra se realize”, disse Fávaro. Ele ressalta que essa agenda é fruto do trabalho iniciado pelo governador Pedro Taques no ano passado com a assinatura do protocolo de intenções em prol da Ferrovia Transoceânica.
O acordo assinado por Taques em Ji-Paraná (RO) previa que os três governadores buscariam condições de cooperação entre si, reunindo informações técnicas e esforços políticos em prol da efetivação da parceria Sino-Brasileira para a infraestrutura ferroviária e projetos complementares.
O governador em exercício reforça a importância de mais opções de escoamento para a produção de Mato Grosso e do Brasil. “Pagamos o frete mais caro do mundo. Se simplesmente trocarmos de modal, do rodoviário pro ferroviário, é possível ganhar até 60 dólares por tonelada. Estaremos sempre à disposição sabendo que isto é um marco de uma grande mudança”, finalizou.