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POLÍCIA
Quarta - 11 de Abril de 2018 às 14:36
Por: Redação TA c/PJC-MT

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A Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), realizou interrogatório, na manhã desta quarta-feira (11), do soldado da Polícia Militar, suspeito de efetuar disparos que vitimaram Rafael Henrique Santi, 31, em uma chácara em Várzea Grande, na noite domingo (08).

Na delegacia, o soldado W.S, apresentou versão de que estava de folga, resolveu passear com sua motocicleta e, ao passar pelo local onde acontecia um evento de som automotivo, decidiu entrar. Ele afirmou ter pago R$ 20 pela entrada e permanecido no local por algum tempo. Declarou que quando se dirigia ao estacionamento para ir embora, encontrou um amigo com quem ficou conversando, momento em que ouviu disparos de arma de fogo.

Ainda de acordo com o depoimento, o soldado afirmou que instintivamente, seguindo seu treinamento, e sem saber se os disparos eram em sua direção ou de outra pessoa, se abaixou, já sacando sua arma e se virando em direção ao local de onde partiam os disparos. Ele declarou ter verbalizado: “Polícia, larga a arma”, mas que Rafael teria apontado a arma em sua direção, o que o levou a efetuar dois disparos em direção à ele.

Ainda em interrogatório, o soldado declarou que tentou acionar o Samu, mas teria ouvido murmúrios do tipo “vamos pegar esse Polícia”, e decidiu deixar o local, temendo por sua segurança. O policial afirmou ter se apresentado no dia seguinte aos oficiais da Polícia Militar.

A DHPP prossegue com as investigações para apurar todas as circunstâncias do homicídio em inquérito policial presidido pelo delegado Marcelo Fernandes Jardim. Duas armas de fogo, apresentadas pelo policial (um revólver calibre 38, sem numeração aparente, que teria sido usado por Rafael, e uma pistola 840, de uso do soldado) serão encaminhadas para trabalho pericial da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Além do interrogatório do autor dos disparos, quatro testemunhas identificadas serão formalmente ouvidas na delegacia, segundo o delegado. “Eventual legitima defesa ou excesso por parte do policial serão apurados no curso da investigação para a devida apreciação do Ministério Público e Judiciário”, explica Marcelo Fernandes Jardim.





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