Conselho instaura processo contra médica que atropelou verdureiro
O Conselho Regional de Medicina (CRM) instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta da médica Letícia Bortolini, acusada de ter atropelado e matado o vendedor de verduras Francisco Lúcio Maia, 48, em Cuiabá.
O acidente aconteceu na Avenida Miguel Sutil, na noite de sábado (14). A médica também é acusada de estar embriagada ao conduzir o veículo Jeep Compass, que atropelou o trabalhador. De acordo com a Polícia, ela também não prestou socorro, além de ter fugido do local do acidente.
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Diante da repercussão do caso, o Conselho de Medicina emitiu uma nota à imprensa informando que já foi iniciado um procedimento administrativo pertinente para que não ocorra “injustiça”.
A nota ressalta ainda a importância de se ter cautela e evitar “julgamentos precipitados”, além de destacar que o caso não ocorreu no momento do exercício da medicina.
Após o acidente, Letícia e seu marido, o médico Aritony de Alencar Menezes que também estava no veículo, foram conduzidos à Central de Flagrantes para prestarem depoimentos.
Minutos depois de chegar ao local, o médico “fugiu” e ainda não foi encontrado pela polícia. Em depoimento, Letícia disse que pensou ter atropelado um animal e, por isso, não prestou socorro. Ela também se negou a fazer o teste do bafômetro, porém, estaria visivelmente embriagada.
A médica foi autuada por omissão de socorro, lesão corporal, homicídio culposo e direção perigosa. Ela está detida no presídio feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Veja a íntegra da nota
NOTA À IMPRENSA
Em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude das notícias veiculadas envolvendo a médica Letícia Bortolini, sobre o acidente de trânsito que vitimou uma pessoa em Cuiabá, neste final de semana, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) esclarece que:
1) O CRM-MT tomou conhecimento sobre o caso por meio de notícias veiculadas pela imprensa local;
2) Diante dos fatos, para que não ocorra injustiça, para ambas as partes, o CRM-MT já iniciou os procedimentos administrativos pertinentes e que o caso requer;
3) A presidente do CRM-MT, Drª. Maria de Fátima de Carvalho Ferreira, ressalta a importância de se ter cautela, evitando julgamentos precipitados. Além disso, mesmo considerando a gravidade, enfatiza que o caso não ocorreu no exercício da profissão. Destaca, ainda, que os conselhos de medicina sempre atuam considerando o Código de Ética Médica.
Assessoria de Comunicação do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso