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O último integrante de uma organização criminosa que estava foragido desde a deflagração da operação “Ares Vermelho”, de agosto de 2017, foi preso na quinta-feira (19) pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Carlos Henrique Pereira Vargas, 32, conhecido como Carlinhos, foi preso no bairro Jardim dos Ipês, em Cuiabá, por policiais civis da Derrfva, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela 7º Vara Criminal da Capital (Crime Organizado), após representação da autoridade policial.
De acordo com o delegado titular da Derrfva, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o investigado “atuava no tráfico de drogas e também 'alugava' arma de fogo para outros criminosos realizarem roubos a veículos na região do Tijucal e bairros adjacentes”.
Na residência do foragido, no momento da ação policial, havia outras duas pessoas (a convivente de Carlos e um outro homem, de 32 anos). Com eles foram encontradas porções de entorpecentes (cocaína e maconha). No local, também foi apreendido dinheiro em espécie trocado (comum em ambientes de traficância).
Além do cumprimento do mandado de prisão de Carlos, diante da apreensão, o trio foi encaminhado para a unidade especializada e autuado em flagrante por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Os três suspeitos serão encaminhados para audiência de custódia nesta sexta-feira (20), ficando à disposição do Judiciário.
OPERAÇÃO ARES VERMELHO
Intitulada “Ares Vermelho”, e desenvolvida pela Derrfva e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, a operação focou em cumprimento de 125 ordens judiciais, sendo 51 mandados de prisão preventiva, 12 conduções coercitivas e 62 buscas e apreensão domiciliar, nos Estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul.
As investigações apontaram que os monitorados eram responsáveis por 60% dos crimes patrimoniais de roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos em Mato Grosso. Os mandados foram cumpridos por 200 policiais civis.
A investigação apontou que a organização possuía estrutura sofisticada, com divisão elaborada no setor financeiro, chegando a manter uma espécie de “caixinha” ou reserva financeira para fomentar o crime e fazer alianças com outras facções, além da lavagem do dinheiro proveniente dos roubos.
“Formavam uma empresa do mundo do crime. Havia hierarquia, cobrança de tarefas e produtividades, sempre visando a obtenção de lucros. No curto período da investigação identificamos lucro de R$ 1,2 milhão na comercialização e troca de veículos por drogas e também identificamos que essa quadrilha era responsável por 60% dos roubos ocorridos na região metropolitana”, explicou à época da deflagração da operação o delegado titular da Especializada, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.