Fávaro descarta qualquer possibilidade de subir no palanque de Taques
O ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), disse ter convicção de que o PSD não estará no palanque do governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições deste ano. "A maioria do PSD não quer estar com Pedro Taques. Respeito quem defende isso, mas, quando formos decidir lá na frente, vamos continuar onde estamos", disse Fávaro que é presidente estadual do partido.
Segundo ele, se o PSD decidir em apoiar a reeleição de Taques, ele não será candidato. "Não existe a menor chance e condição de subir no palanque dele [Taques]. Se o PSD decidisse ficar com ele, eu estaria fora. Mas isso não tem a menor possibilidade de acontecer. Respeito a decisão da maioria. E hoje a maioria quer construir uma outra candidatura ao governo com espaço na majoritária", garantiu.
Fávaro também minimizou o fato de os deputados Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Pedro Satélite e Nininho - todos do PSD -, de insistirem em apoiar o governador Pedro Taques.
"A nossa unidade é em cima da construção de uma candidatura ao Senado e um chapão para deputados estaduais e federais. Entendo que eles queiram apoiar o governo até final do mandato, mas o processo eleitoral é uma outra história", analisou.
Fávaro também assinou o manifesto público contra o projeto de reeleição do governador Pedro Taques. O documento, com 31 assinaturas de ex-apoiadores do tucano, aponta "o descumprimento de promessas de campanha, o caos na saúde, escândalos", além de ele ter “quebrado” o Estado, como principais motivos para a rejeição de sua candidatura.
Antes disso, Fávaro renunciou ao mandato de vice-governador no dia 5 de abril, rompendo de vez com Taques. O PSD também decidiu entregar todos os cargos que tinha no governo. Único que se recusou foi secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec), Domingos Sávio, que acabou sendo expulso do partido.