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POLÍTICA
Quarta - 13 de Junho de 2018 às 15:33
Por: Gazeta Digital

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Marcus Vaillant

Lançado pelo Democratas como pré-candidato que disputará o governo de Mato Grosso, Mauro Mendes segue tecendo uma série de críticas à administração do atual chefe do Executivo Estadual, Pedro Taques (PSDB). Nesta quarta-feira (13) ele apontou falhas na gestão fiscal, na condução dos recursos destinados ao novo Pronto Socorro de Cuiabá e às obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

“Lamentavelmente, o estado de Mato Grosso está numa situação muito delicada. O Estado deve aos poderes, aos hospitais, aos municípios, deve meses e meses com centenas de fornecedores, deve servidores que não consegue pagar no mês. Existe uma dificuldade muito grande construída ao longo desses anos”, disparou Mendes durante entrevista à Rádio Capital FM.

Como já havia feito antes, o ex-prefeito refutou a postura de Taques em justificar as dificuldades com a crise econômica e a herança do ex-governador Silval Barbosa. “Não foi assim que começou. Culpar a crise, culpar o passado eu vejo que não é uma estratégia muito adequada porque a crise foi muito acentuada em 2014 e 2015. Em 2016 já começou a melhorar e 2017 já deu sinal de crescimento”, apontou.

De acordo com o democrata, é real a crise financeira no Estado, porém, ressaltou que o problema foi gerado pelo atual governo. “Não posso deixar de dizer que hoje Mato Grosso tem sim crise ente receita e despesa, mas vamos falar das causas dessa crise. Houve crescimento da receita em 28% de 2014 até 2017, o problema é que a despesa cresceu muito mais. E por que cresceu muito mais? Não há dinheiro que dê se você gasta mal ou perde o controle do gasto”, disse.

Ao falar sobre a construção do novo Pronto-Socorro e a compra de equipamentos para o estabelecimento, o político lembrou que foi em sua gestão à frente da Prefeitura de Cuiabá que começou o projeto, com a ajuda da bancada federal. Ele criticou o fato de o governo não repassar o dinheiro para a compra dos aparelhos e disparou até mesmo contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), sobre a possibilidade de alugar os itens.

“Lamentavelmente, o dinheiro ainda não chegou na conta dos equipamentos. Eu ouvi nos bastidores que agora querem alugar os equipamentos. É um absurdo”, disse, destacando que o dinheiro veio “de graça do governo federal” pra comprar os equipamentos.

Sobre o VLT, o ex-prefeito disse que chegou a aconselhar no início do governo que a obra fosse definida logo com a empresa porque “até as pedras do rio Cuiabá sabiam que tinha corrupção”.

Elogios a Pivetta

Diferentemente do tratamento dado a Pedro Taques, quando questionado sobre a possibilidade de fazer uma composição com o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), de quem é amigo pessoal e que também assinou a carta pública contra o atual governo, Mauro Mendes fez uma série de elogios, mesmo sem afirmar uma possível coligação.

“Nesse momento, eu posso dizer aquilo que já disse muitas vezes, que o Otaviano Pivetta - e tantos outros - é um grande quadro da política de Mato Grosso. Foi 3 vezes prefeito da melhor cidade, com um dos melhores IDH’s [Índice de Desenvolvimento Humano] do Brasil. Ele merece o nosso respeito, tem o meu respeito e tem todo o direito de estar aí também fazendo sua postulação, tem muitas qualidades, muitos predicados pra ser analisados por todos nós”, destacou.

Otaviano Pivetta é pré-candidato ao governo pelo PDT, já tendo recebido manifestações de apoio e até de formação de chapa com Mauro Mendes. Porém, Pivetta segue em seu projeto sem um candidato a vice definido até o momento.





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