Na ocasião, também serão ouvidos os demais réus no processo: Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Silvio Cezar Correa Araújo e Karla Cecília de Oliveira Cintra.
Eles são acusados de supostamente integrarem uma organização criminosa que cobrava propina para a concessão de incentivos fiscais por meio do Prodeic.
Ontem (10), a magistrada ouviu as testemunhas Emilia Martins Cruz, Josiani Cristina Fontes e Jonil Alves Souza. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sereni Paludo, havia sido arrolado, mas sua oitiva foi dispensada.
Nas audiências passadas foram interrogados: o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), o diretor geral da TV Centro América, Zilmar Melatti, um assessor técnico da antiga secretaria de Indústria e Comércio (Sicme), Manoel Gomes e a ex-esposa do secretário de Estado, Pedro Nadaf, Geiziane Rocha Antelo.
Os delatores João Rosa e Frederico Coutinho. Além de Filinto Muller, Marcos Flávio de Oliveira (motorista de Pedro Nadaf), Cibele de Aguiar Bojikian (ex-esposa de Nadaf), Ariadina Araujo da Costa (ex-funcionária da NBC, empresa de assessoria de Nadaf), Florindo Gonçalves (representante da City Lar), Lenes Monteiro de Oliveira, Lorival Lopes e Calixto Cassimiro da Mata Junior.
Operação Sodoma
Uma delação do empresário João Rosa deu início às investigações na polícia.
A operação foi deflagrada no dia 15 de setembro e na época várias pessoas foram ouvidas na Delegacia Fazendária e mandados de busca e apreensão cumpridos na Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), NBC Assessoria Consultoria e Planejamento e Invest, e ainda nas residências de três parentes dos suspeitos.
Na ocasião foram presos os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, dois dias depois o ex-governador se entregou as autoridades.
Segundo o empresário, a extorsão se perdurou após o grupo de Silval sair do comando do Governo do Estado. O empresário revelou que entre os meses de maio e junho realizou dois pagamentos no valor total de R$ 45 mil ao grupo.
O empresário disse que o valor de R$ 30 mil foi pago no mês de maio, após Nadaf lhe oferecer uma assessoria para atuar na defesa de um procedimento junto a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec) que avalia a legalidade do enquadramento das empresa de propriedade dele (Tractor Parts, DCP Máquinas e Casa de Engrenagem) no PRODEIC, bem como na CPI na Assembleia Legislativa.
Já o restante R$ 15 mil também foi pago a pedido de Nadaf, que disse que o valor era para o Cursi – que estaria enfrentando problemas financeiros, uma vez que sua conta bancária estaria bloqueada por decisão judicial.