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JUSTIÇA
Quinta - 11 de Fevereiro de 2016 às 16:51
Por: MT Noticias

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 O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) e os secretários de Estado, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, devem ser interrogados no próximo dia 17, pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

Na ocasião, também serão ouvidos os demais réus no processo: Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Silvio Cezar Correa Araújo e Karla Cecília de Oliveira Cintra.

Eles são acusados de supostamente integrarem uma organização criminosa que cobrava propina para a concessão de incentivos fiscais por meio do Prodeic.

Ontem (10), a magistrada ouviu as testemunhas Emilia Martins Cruz, Josiani Cristina Fontes e Jonil Alves Souza. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sereni Paludo, havia sido arrolado, mas sua oitiva foi dispensada.

Nas audiências passadas foram interrogados: o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), o diretor geral da TV Centro América, Zilmar Melatti, um assessor técnico da antiga secretaria de Indústria e Comércio (Sicme), Manoel Gomes e a ex-esposa do secretário de Estado, Pedro Nadaf, Geiziane Rocha Antelo.

Os delatores João Rosa e Frederico Coutinho. Além de Filinto Muller, Marcos Flávio de Oliveira (motorista de Pedro Nadaf), Cibele de Aguiar Bojikian (ex-esposa de Nadaf), Ariadina Araujo da Costa (ex-funcionária da NBC, empresa de assessoria de Nadaf), Florindo Gonçalves (representante da City Lar), Lenes Monteiro de Oliveira, Lorival Lopes e Calixto Cassimiro da Mata Junior.

Operação Sodoma

Uma delação do empresário João Rosa deu início às investigações na polícia.

A operação foi deflagrada no dia 15 de setembro e na época várias pessoas foram ouvidas na Delegacia Fazendária e mandados de busca e apreensão cumpridos na Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), NBC Assessoria Consultoria e Planejamento e Invest, e ainda nas residências de três parentes dos suspeitos.

Na ocasião foram presos os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, dois dias depois o ex-governador se entregou as autoridades.

Segundo o empresário, a extorsão se perdurou após o grupo de Silval sair do comando do Governo do Estado. O empresário revelou que entre os meses de maio e junho realizou dois pagamentos no valor total de R$ 45 mil ao grupo.

O empresário disse que o valor de R$ 30 mil foi pago no mês de maio, após Nadaf lhe oferecer uma assessoria para atuar na defesa de um procedimento junto a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec) que avalia a legalidade do enquadramento das empresa de propriedade dele (Tractor Parts, DCP Máquinas e Casa de Engrenagem) no PRODEIC, bem como na CPI na Assembleia Legislativa.

Já o restante R$ 15 mil também foi pago a pedido de Nadaf, que disse que o valor era para o Cursi – que estaria enfrentando problemas financeiros, uma vez que sua conta bancária estaria bloqueada por decisão judicial.





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