Polícia Civil fecha frigorífico de suínos clandestino em Várzea Grande
Um frigorífico de suínos que atuava de forma clandestina foi desarticulado na manhã desta quinta-feira (05.07) em uma operação integrada da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Vigilância Sanitária e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) de Várzea Grande. A empresa denominada “Império Suíno” estava embargada desde outubro de 2017 e continuava a funcionar com abatedouro clandestino, incorrendo em crimes ambientais, sanitários e das relações de consumo.
O responsável pela empresa, V.C., 57, responderá pelos crimes funcionar estabelecimento potencialmente poluidor sem licença; causar poluição que resulte em danos a saúde humana ou mortandade de animais; Produzir, comercializar substância tóxica perigosa ou nociva a saúde humana ou ao meio ambiente; Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
As investigações iniciaram no dia 29 de junho, quando a equipe da Dema recebeu uma denúncia anônima de que próximo a uma escola municipal, na comunidade “Capão do Pequi”, em Várzea Grande, havia uma chácara em que funcionava um abatedouro de animais.
Diante das informações uma equipe da Dema foi até o local, onde encontraram um barracão desativado, alguns tambores vazios e uma lona com dejetos de suínos, com odor muito forte de animais. Próximo a porteira da chácara, estava estacionado um veículo com uma carretinha, que estava carregada com tambores com dejetos suínos.
Com base em tudo que foi analisado no ambiente, os policiais da Dema fizeram um relatório policial, no qual apontaram as possíveis irregularidades na atuação da empresa “Império Suíno”. Com base nas informações, nesta quinta-feira (05), as equipes da Dema, Vigilância Sanitária e Sema retornaram a chácara, onde foi confirmada a existência do abatedouro clandestino no local.
Segundo a delegada, Liliane de Souza Murata, mesmo com estabelecimento embargado pela Sema, as investigações apuraram que de 2017 até os dias atuais, 41 mil suínos entraram na propriedade para engorda, e que o abatimento de animais era realizado diarimente no estabelecimento.
"Entre 100 a 180 animais eram abatidos por dia no frigorífico clandestino, apresentando perigos à saúde humana, uma vez que o local funcionava sem condições de higiene e supervisão de profissional habilitado, acarretando em risco de contaminação da carne, que era manuseada totalmente fora das normas sanitárias estabelecidas”, disse a delegada.