Deputados do PSD deixam Taques e vão apoiar Mendes, diz Fávaro
Após divergências internas, com os quatro deputados estaduais do PSD não se sujeitando à declaração de independência em relação ao governador Pedro Taques (PSDB), feita pelo presidente estadual da legenda, o ex-vice-governador Carlos Fávaro, em março, o grupo chegou a um consenso e vai fazer parte da chapa encabeçada pelo pré-candidato ao governo Mauro Mendes (DEM), com Fávaro e Jayme Campos (DEM) ao Senado.
A reunificação veio após conversas ocorridas na noite de quinta-feira (2) e na manhã desta sexta-feira (3), entre Fávaro e os deputados Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Ondanir Bortolini “Nininho” e Pedro Satélite. Segundo o presidente do partido, foi um “bate-papo muito bom” em que todos decidiram seguir o desejo da maioria dos filiados, que já se articularam antes da convenção que ocorre em conjunto com o DEM e o PDT na manhã de sábado (4). “Estamos unidos, tudo certo. O PSD vai com o Mauro Mendes, vai com o Democratas, o PSD vai unido, todos juntos nesse projeto”, afirmou Fávaro ao Gazeta Digital, garantindo que todos os parlamentares estarão presentes no ato.
Ele lembrou que, apesar de se manterem na base aliada de Taques, os parlamentares vinham declarando que iriam respeitar a maioria do partido. “Os quatro deputados estarão juntos e unidos na coligação, é assim que diz a democracia. Eles tinham a posição deles, mas sempre disseram que nas convenções, o rumo que o partido tomasse iria todos juntos. Pronto. Harmonicamente, está todo mundo unido”.
Questionado sobre qual o fator que levou os pessedistas a mudarem de ideia, além da obediência ao partido, Fávaro negou que tenha havido outras motivações. “O fator é a democracia, eles sempre diziam que tinham opinião, mas que iriam respeitar as convenções. E a maioria decidiu, eles acataram. São inteligentes, respeitam a lei, a democracia. Isso harmonicamente, sem nenhuma discussão de jeito nenhum!”.
Conforme informações de bastidores, Gilmar Fabris, Wagner Ramos e Ondanir “Nininho” teriam aceitado fazer campanha ao lado de Mauro Mendes após relacionarem os nomes dos candidatos ao mesmo cargo que eles de todas as coligações e verificarem que a de Mauro Mendes é a que melhor favorece as suas reeleições.
Fávaro também negou que haveria punição partidária àqueles que não seguissem a orientação nestas eleições. “Nunca! Não teve essa conversa. A nossa conversa foi de altíssimo nível. Chegar à discussão não faz parte da democracia. Eu nunca tive uma reunião tão boa quanto foi”.