Aquisição de coletes balísticos femininos assegura proteção para policiais
Buscando aumentar a proteção das mulheres policiais, noventa coletes balísticos femininos foram adquiridos pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso e destinados para policiais mulheres, especialmente, lotadas em delegacias de polícia da região de fronteira.
O equipamento de segurança para uso feminino foi custado por emenda parlamentar, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado, por meio do deputado estadual Wancley Carvalho.
Foram comprados 40 coletes feminino 3A, tamanho P, e 50 coletes feminino 3A, tamanho M, pelo valor total de pouco mais de R$ 114 mil. Os coletes a prova de balas vêm acompanhados de capa protetora.
A maior parte dos coletes foi distribuída nas unidades policiais pertencentes as Regionais de Cáceres (225 km a Oeste) e Pontes e Lacerda (448 km a Oeste). Policiais de outras delegacias de Cuiabá também foram beneficiadas.
A investigadora, Martinha Mariana Pena Alves, atualmente lotada na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres, recebeu um dos coletes. Ela que tem 17 anos de polícia, conta que quando terminou a academia, saiu somente com a recomendação que deveria fazer o uso para sua própria segurança. No entanto, só foi conhecer o colete balístico muito tempo depois.
“Minha primeira lotação foi a Derf de Cáceres e ainda não existia a Defron. Então eram os policiais da nossa unidade que faziam a segurança na fronteira com a Bolívia. Participei de muitas barreiras na região de divisa e sem colete balístico. Hoje e tenho consciência do risco que corri sem usar o colete”, contou a investigadora.
A policial civil lembra que chegou a receber um colete masculino, mas não usou em razão do modelo, pois na região dos seios fica muito desconfortável e dolorido, por não possuir bojo.
“Após ter oportunidade de trocar por um do modelo feminino, gostei tanto que uso sempre em diligências na zona rural, bem como nas ações e operações policiais. Participei de um trabalho na mata, na missão de prender um indivíduo acusado de matar um policial. Na ocasião, houve troca de tiros e como eu estava usando o colete, me senti muito mais segura”, lembrou Martinha Mariana.
O contrato para aquisição dos coletes balísticos foi assinado no dia 21 de junho deste ano. A última aquisição de coletes balísticos femininos para a Polícia Civil foi em 2010.
Todo o processo de captação do recurso e compra foi realizado pela Diretoria de Execução Estratégica (DEE). Com o recurso da emenda parlamentar nº. 271, no valor de R$ 500 mil, além dos coletes balísticos para mulheres, foram comprados armas de fogo (espingarda calibre12), 15 aparelhos de etilômetros, e mobílias como cadeiras, já destinadas às delegacias da capital e interior de Mato Grosso.