Na Colômbia, MT defende pagamento por serviços ambientais
Dez países e 38 Estados que compõe a Forca-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas se reuniram no departamento de Caquetá, na Colômbia, durante a última semana para debater alternativas que estimulem a implementação de programas jurisdicionais que promovam desenvolvimento rural com baixa emissão de carbono. No encontro, delegação brasileira pontuou as medidas necessárias para o desenvolvimento social e econômico das populações amazônicas.
Escolhido para a explanação da delegação do Brasil, o secretário adjunto Executivo de Meio Ambiente do Mato Grosso, Alex Marega relembrou o acordo realizado no 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizado em abril, no Estado do Amapá, reforçando a urgência de que os serviços ambientais gerados pelas florestas sejam valorizados.
“Somos estados que se comprometeram a manter 80% de nossas florestas protegidas. Contribuímos nas soluções das mudanças climáticas ao reduzir a perda e acelerar a recuperação das florestas tropicais. Mas jamais podemos esquecer dos indivíduos que vivem nestas florestas. Então, não se trata aqui de aporte de milhões de recursos para criar benefícios tangíveis ao povo, mas de bilhões. Nossas populações necessitam ter retorno desta política”, defendeu Marega.
Para o diretor executivo do Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), Fernando Sampaio, o principal recado dado na Colômbia é que sim, os governos querem conservar, mas também oportunidades de desenvolvimento e acesso a mercados. As discussões também foram acompanhadas pela coordenadora do Programa Rem em Mato Grosso (REDD+ para pioneiros), Lígia Vendramin.
Sobre o GCF
O GCF é uma força tarefa que fornece a base para a cooperação em inúmeros assuntos relacionados a política climática, financiamento, troca de tecnologia e pesquisa. Um total de 38 estados e províncias do Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Equador, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, México, Nigéria e Peru trabalham para construir programas jurisdicionais robustos que integrem políticas de REDD+ a outras ações que reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa. O grupo baseia-se na noção de que governos subnacionais fornecem oportunidades únicas para a inovação e a liderança políticas, e que os esforços bem-sucedidos para proteger as florestas, reduzir as emissões e melhorar a vida das pessoas devem ser baseados em programas jurisdicionais, em vez de projetos e atividades individuais.