ATACADÃO DO TIJUCAL
Testemunhas relatam momentos de pânico durante assalto e tiroteio

No início da tarde desta sexta-feira (10), cinco bandidos fortemente armados invadiram o Atacadão, na avenida Fernando Corrêa, no bairro Tijucal. De acordo com informações do delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), três bandidos morreram durante tiroteio e dois seguem foragidos.

"Nós recebemos uma informação de que criminosos iriam atacar o carro-forte e nós não sabíamos qual empresa e nem qual local, no último instante veio uma informação anônima dizendo aonde eles estavam, nós viemos o mais rápido possível e chegamos junto com os criminosos", disse Stringueta.

Os criminosos estavam com uma pistola 40 e uma submetraladora mt40, armas roubadas de policiais. Suspeitos possuem passagem por roubos a joalherias. No momento do ataque, uma vigilante da empresa de carro-forte foi a responsável por uma luta corporal com um dos criminosos, que a fez de refém.

"Tinham 3 no caixa eletrônico para abordar os vigilantes. Quando não deu certo a ação pela reação heróica da vigilante eles abortaram e não tinha mais como fazer. Um dos vigilantes matou o criminoso e os outros dois correram junto com os clientes para os fundos", explicou.

Testemunhas

Testemunhas relatam o clima de pavor vivido no momento do assalto. Kelly Cristina de Souza, que estava fazendo compras com suas duas filhas, estava na parte dos fundos do estabelecimento quando ouviu os disparos. Ela saiu com as crianças pela porta dos fundos, em direção à avenida do Moinho.

"Eu primeiro achei que fosse esses repositores que tivessem derrubado alguma coisa, aí veio um barulho de alguma coisa caindo e depois veio o segundo e terceiro barulho e um monte de uma vez. Quando vi já tinha um monte de gente no chão tentando se proteger. Todo mundo estava em estado de choque, chorando", explicou.

Adalto Santana, que estava com a filha e a esposa, estava passando suas compras em um caixa próximo aos caixas eletrônicos. Ele viu o momento em que um dos suspeitos entrou no local e deitou no chão, em cima da filha, para tentar protegê-la.

"Ele entrou, pegou o malote, derrubou a moça e o segurança estava junto e deu o primeiro tiro nele. Dentro de poucos segundos passaram os outros criminosos. Ele passou do nosso lado com a metralhadora atirando. A gente ficou ali durante um minuto, quando gritaram para correr passamos por cima das cápsulas, perdeu até a sandália da minha filha".