Conab autoriza leilão de milho para suinocultores de MT
A oferta atendeu a um ofício entregue na última terça-feira (19.01) a Conab pela Acrismat. Isto porque a categoria estava preocupada com a falta do cereal no mercado interno de Mato Grosso e também com a possibilidade do grão ser escoada para outras regiões – inclusive para o exterior.
Poderão participar dos leilões, os avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, suínos e bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura e indústria de insumo para ração animal.
Segundo o presidente da Acrismat, Raulino Teixeira, a realização dos leilões tem vital importância para os suinocultores ao passo que o mercado está desabastecido.
“Esse é o papel da Acrismat. Lutar pela categoria e apesar dos leilões não serem apenas para suinocultores, que precisam de 60 mil toneladas, já se cria uma situação positiva para o produtor poder renovar seus estoques”, disse o presidente.
O leilão também atende a outra preocupação que é a inviabilidade da criação de suínos caso o preço do milho suba. O quilo do suíno vivo está sendo comercializado, em média, por R$ 3,30. Sendo que o custo de produção chega a R$ 2,90. E com uma possível elevação no valor do milho - segundo Imea o cereal está custando em média nesta última semana R$ 20,56 - haverá uma pressão sobre o preço, tornando as margens de lucro menores.
“Essa é uma oportunidade para que seja feita a compra de milho com um bom preço e assim a carne suína produzida aqui fique mais competitiva no mercado nacional”, ressalta Raulino.
O presidente ainda alerta o produtor para que esteja com toda sua documentação em dia para participar dos leilões.
Já o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, lembra que Mato Grosso está entre os cinco maiores produtores da carne suína do país. Hoje são criadas 130 mil matrizes suínas, com a tendência de alcançar a marca de 200 mil nos próximos anos.
A data limite para o pagamento do lance é de 10 de fevereiro e o produto poderá ser retirado após a emissão da nota fiscal.