Emancipação da UFR vai garantir autonomia administrativa para a instituição
Com a liberação de cargos e funções para a nomeação do reitor e vice-reitor, a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) estará a um passo de ser emancipada e se tornará definitivamente, conforme a Lei Federal de n.º 13.637/2018, um campus universitário desmembrado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para essa possível concretização, no próximo dia 20 de agosto, essa pauta será tratada pelo deputado federal José Medeiros (PODE) e deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), em Brasília (DF).
A pró-reitora do campus de Rondonópolis, Analy Polizel, esclarece que infelizmente não tinha o cargo para reitor e vice-reitor na legislação que cria a UFR, já os demais cargos foram todos instituídos. “O que mais emperra a implantação do campus, são os cargos e funções. A nossa luta é desde a criação da Universidade, há mais de 15 anos atrás. No entanto, em 2018, foi sancionada no dia 20 de março, a lei que cria a UFR. De lá para cá, a luta é para a implantação”, explica.
Conforme Medeiros, este processo de emancipação da UFR já se arrasta a bastante tempo e é uma solicitação feita por Claudinei para que seja concluída a implantação dos cargos e funções no campus da região sul de Mato Grosso. “Já foi votado na Câmara e no Senado, foi aprovado e sancionado o processo. Mas, agora deu este problema de nomeação do reitor. A bancada já solicitou e está pendente ainda. Nós, vamos marcar algumas audiências aqui, o deputado está vindo com a reitora para que a gente possa se Deus quiser, ter a tão sonhada Universidade Federal de Rondonópolis”, explica o parlamentar federal.
Em relação a reunião nos próximos dias, Analy está na expectativa que realmente efetive essa situação, pois vai garantir autonomia administrativa, financeira e pedagógica para o desenvolvimento das ações e, até mesmo, a expansão do ensino superior em Rondonópolis e região.
“Nós temos um planejamento de desenvolvimento institucional que é de melhorias e o aumento do ensino de graduação e pós-graduação, atividades de pesquisa e extensão. A emancipação do campus, a gente consegue expandir um ensino de qualidade no nosso Estado. Hoje, recebemos estudantes de diversas partes do país, são 19 cursos de graduação, seis programas de pós-graduação. Muita coisa já avançou, mas com a emancipação, a gente consegue avançar ainda mais”, destaca a pró-reitora.
Polizel salienta que todo este processo para resolver a situação, primeiramente parte do Ministério da Educação (MEC). Para ela, a atuação dos parlamentares da esfera federal e estadual contribui bastante já que são responsáveis em realizar as devidas negociações com órgão federal. “Eles fazem toda essa articulação diretamente com o Ministério da Educação que consegue prever e liberar estes cargos e funções para conseguir implantar a universidade”, pontua.
Delegado Claudinei esclarece que Rondonópolis hoje é considerado o segundo município com maior economia no estado de Mato Grosso e a implantação definitiva da UFR será uma importante conquista para intensificar ainda mais o desenvolvimento deste município na região. “Com a nomeação dos cargos para este campus só vai potencializar o ensino público superior, seja referente a qualidade ou quantidade. Em Mato Grosso, temos a UFMT e a Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) que possuem campus espalhados no interior, mas que não possuem autonomia administrativa. A UFR já foi criada com base na lei, agora com a implantação será um grande diferencial para a região sul mato-grossense”, diz o deputado.
UFR – Essa instituição de ensino superior público federal está vinculada ao MEC. A implantação deste campus ocorreu em 1978 pela UFMT, sendo considerada a mais antiga em relação às outras espalhadas pelo Estado. No entanto, o interesse para a emancipação da UFR ocorre desde o ano de 2008 e a criação definitiva da UFR ocorreu somente em 2018 por meio de legislação federal vigente.