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POLÍTICA
Domingo - 22 de Setembro de 2019 às 12:58
Por: Redação TA c/ AL-MT

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AL-MT

A destinação correta de entulhos provenientes da construção civil em Mato Grosso está prestes a se tornar realidade. Na sessão ordinária de quarta-feira (19), os deputados aprovaram, em 1ª votação, o substitutivo integral do Projeto de Lei 52/2019 (Veja a íntegra aqui ), que institui o Programa de Reciclagem de Entulhos da Construção Civil. Agora, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), antes da segunda votação em Plenário.

Se aprovada, a iniciativa do presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM), vai incentivar o reúso das sobras de materiais através de reciclagem que resulte em reaproveitamento do material na construção de casas populares e pavimentação asfáltica.

Dessa forma, permitirá apoio à criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição e armazenagem de materiais recicláveis; incentivos à criação de cooperativas e indústrias; regulação do descarte de sobras das construtoras, incorporadoras e transportadoras de resíduos e caçambeiros. Além disso, promoverá campanhas educacionais sobre a importância do reúso e descarte correto de entulho, especialmente os de potencial contaminante, inclusive, promovendo pesquisas para minimizar o custo desse descarte.

Prevê, ainda, a emissão do Certificado de Destinação de Resíduos para Reciclagem, contendo, dentre outras informações, número da licença ambiental, como garantia da correta execução dos serviços; concessão de benefícios ou incentivos fiscais para empresas cooperadas, centros de distribuição de serviços e convênios. Expectativa é que a proposta fomente a geração de emprego e renda, estimulando os trabalhadores a se organizarem por meio de cooperativas.

No projeto, Botelho destaca a preocupação com o grande volume de entulho gerado nas cidades brasileiras e o baixo índice de reaproveitamento. Alerta que a melhora no gerenciamento das obras pode contribuir para atenuação do desperdício e, ainda, beneficiar os menos favorecidos com grande avanço socioambiental.

“O custo ambiental do desperdício é incalculável, refletindo à população direta e indiretamente grandes prejuízos, como enchentes e déficit de moradias devido ao descarte clandestino. Esse projeto representa um grande avanço nas áreas social e ambiental para Mato Grosso”, destaca o parlamentar, ao citar que nos países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão, França e Inglaterra, a reciclagem contribui, sobremaneira, à construção de moradias populares. No Brasil, o estado do Paraná deu início ao programa em 1997 com a produção de tijolos.





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