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JUSTIÇA
Quarta - 20 de Janeiro de 2016 às 15:00
Por: MT Noticias

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 A juíza Selma Rosane Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de absolvição sumária de Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, tida como o braço direito do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva. A decisão foi proferida no último dia 14.

Ocorre que no caso presente a denúncia é perfeitamente viável, motivo pelo qual não identifico quaisquer das causas justificadoras da rejeição liminar. Os fatos narrados na denúncia são típicos, antijurídico e culpáveis e, nos autos estão presentes a materialidade dos crimes e os indícios de autoria, conforme fundamentado. Assim, sem mais delongas indefiro o requerimento de absolvição sumária formulada pela defesa desta acusada, diz um trecho da ação.

De acordo com os autos, a defesa da acusada alegou a insuficiência de provas e que as condutas citadas na denúncia não constituem crimes.

Alega a defesa que inexistem elementos que indiquem a possível participação da acusada na alegada organização criminosa, seja porque os atos atribuídos a ela não evidenciem elemento subjetivo de prática de peculato, seja porque ela não praticou qualquer coação irresistível a qualquer pessoa, diz trecho do documento.

Ainda de acordo com a juíza, a autoria da acusada tem como indícios documentos apreendidos durante investigações do Gaeco, que contém intercepção telefônica judicialmente deferida e dos depoimentos referentes a ela.

Operação Célula Mãe

Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo foi presa no dia 14 de outubro de 2015 junto com José Geral Riva e Geraldo Lauro.

A prisão foi durante a deflagração da operação Célula Mãe pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Eles são acusados de cometer crimes com recursos públicos denominados verba de suprimentos. A organização teria desviado R$ 1,7 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa.

O dinheiro era utilizado para o pagamento de despesas pessoais, como combustível da aeronave particular de Riva e pagamento de honorários advocatícios.

Também foi usado uma parte para pagamento de mensalinho para políticos, distribuições de mimos, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas.





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