Independente dos recursos federais que custeiam a alimentação escolar em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) investiu mais de R$ 2,2 milhões para atender alunos em 2015
Mato Grosso aplica R$ 38 milhões em alimentação escolar
Independente dos recursos federais que custeiam a alimentação escolar em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) investiu mais de R$ 2,2 milhões para atender alunos em 2015. No total, foram utilizados R$ 37.988.921,00 para custear a alimentação de cerca de 447 mil matriculados na rede estadual de ensino, incluindo cardápios especiais conforme indicação médica.
A Seduc atende toda a rede, incluindo atendimento diferenciado para as creches estaduais.
No montante destinado pela Seduc, também está incluso o cardápio unificado, que foi implantado nas 11 escolas estaduais do município de Poconé, distante 100 quilômetros de Cuiabá, como projeto piloto, desde o mês de agosto deste ano. Os cardápios unificados por serem mais elaborados, tem um custo mais elevado, a média per capita é de R$0,80. Para que a unificação dos cardápio acontecesse em Poconé, o governo teve que complementar em média R$0,30 por aluno em cada escola, totalizando um investimento R$ 181.166,00.
“Seria muito importante que o cardápio unificado se estendesse por todo o Estado de Mato Grosso, porém envolve custos, então precisa haver um maior planejamento”, explicou Lízia Soares Penido, nutricionista da Coordenadoria de Alimentação Escolar.
De acordo com a nutricionista, também foram realizados acompanhamento dos alunos com necessidades nutricionais específicas, como doença celíaca, diabetes, alergias e intolerâncias alimentares, entre outras. “Para estes alunos, foram feitas as orientações e o cardápio especial e diferenciado para cada tipo de necessidade”, afirmou Lízia, pontuando que são custeados com recursos da Seduc.
Cardápio Unificado
Os cardápios unificados são completos e contemplam uma maior quantidade de frutas, verduras e legumes, fazendo com que as escolas adquiram com o recurso que é repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), no mínimo 30% com gêneros alimentícios diretamente da Agricultura Familiar.
A principal dificuldade relatada pelos diretores está relacionada com os fornecedores, pois, se há falhas na entrega, os cardápios sofrem alterações.
Mas, os gestores afirmam que a iniciativa tem saldos positivos, principalmente na mudança significativa verificada no habito alimentar dos alunos. Com o cardápio unificado eles passaram a aceitar mais alimentos que muitas vezes rejeitavam.