Deputados visitam Hospital Metropolitano de Várzea Grande
De imediato, os dois parlamentares foram a todos os setores observar como estão os atendimentos e aparelhagem da unidade hospitalar.
“Viemos analisar e acompanhar as melhorias solicitadas nas dependências do hospital pela equipe técnica da comissão. Percebemos algumas mudanças, como a ampliação dos leitos e rapidez no atendimento, mas ainda falta resolver o problema do CNPJ que está ligado à antiga administração”, lembrou Dr. Leonardo.
Atualmente, o Hospital Metropolitano de Várzea Grande conta com 58 leitos e 290 funcionários trabalhando na unidade, sendo que a equipe médica é terceirizada e não faz parte do total.
“Estamos trabalhando para colocar a casa em ordem, pois quando assumi a direção da unidade, havia vários problemas estruturais e, ainda, falta de equipamentos. É um trabalho a longo prazo que necessita de empenho de todos os poderes”, falou a diretora-geral do hospital, enfermeira Inês Souza Leite.
Porém, na opinião dos pacientes, a realidade de atendimento do hospital se confronta com a opinião da diretoria. Este é o caso do carreteiro José Campos, que aguarda há vários meses uma data para marcar uma cirurgia. “Hoje cheguei às cinco horas da manhã e até agora (10 horas) não fui atendido. Esse problema eu enfrento há quatro meses e nada melhora”, criticou ele, aguardando na sala de atendimento.
Mas não é somente o carreteiro que está na lista de espera para marcar cirurgia. A dona de casa Judith Batista da Silva vive o mesmo drama, com tempo de espera ainda maior. Ela frequenta o hospital há mais de um ano e ainda não tem um prazo determinado para realizar a operação.
“Estive aqui um ano atrás e depois, mensalmente, marcava presença no hospital, e nada de cirurgia. O pior de tudo isso é que nem medicada fui ainda”, afirmou ela, dizendo que espera pela operação no joelho para a implantação de uma prótese.
Para o deputado Emanuel Pinheiro, a situação do hospital de Várzea Grande é parecida com a das demais unidades hospitalares do estado, onde, segundo o parlamentar, faltam equipamentos, funcionários e contam com estrutura precária.
“Constatando algumas irregularidades no documento que a equipe técnica relatou, como, por exemplo, o atendimento precário, atraso de pagamentos e falta de funcionários. Depois dessa visita, podemos verificar que houve melhoras e, gradativamente, os problemas serão acompanhados de perto pela comissão”, observou Pinheiro.
Segundo o relator, a partir de março de 2016, o hospital estará com nova metodologia de atendimento e procedimento nas estruturas. “Pelo que observei na visita, entendo que o hospital necessita de mais 45 novos profissionais para atender a demanda de pacientes, pois muitos deles vêm do interior para serem medicados no Hospital Metropolitano”, concluiu ele.