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POLÍTICA
Terça - 01 de Junho de 2021 às 22:52
Por: Redação TA c/ Assessoria

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A vereadora Edna Sampaio (PT) repudiou o título de cidadão cuiabano que a Câmara Municipal pretende conceder ao deputado estadual Gilberto Cattani (PSL). Bolsonarista, ele recentemente causou polêmica ao publicar declarações homofóbicas em suas redes sociais.

Na sessão desta terça (1º), ela votou contrariamente ao parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) que aprovou o projeto de decreto legislativo para a concessão do título, de autoria do vereador Wilson Kero Kero (Podemos).

Em um vídeo divulgado em sua página, ela lamentou que o parecer tenha obtido maioria entre os pares e salientou que continuará combatendo este tipo de premiação.

“A maioria aprovou o parecer favorável ao título de cidadão ao deputado Cattani, aquele mesmo, que postou em suas redes sociais que ser homossexual é um direito, assim como o dele, de ser homofóbico, ou seja, pratica abertamente o crime de homofobia e essa casa faz uma homenagem a este cidadão”.

A vereadora lembrou as falas ofensivas do deputado contra a educação e sua defesa do projeto Escola Sem Partido, o qual, segundo ela, prega o predomínio da ideologia de extrema direita nos estabelecimentos de ensino, “que a escola seja controlada rigidamente por um único partido”.

“Não é a escola plural, democrática, que acolhe diversas correntes de pensamento; querem impor um único pensamento, uma única ideologia”, comentou.

Para a vereadora, a homenagem deveria ter sido barrada já na CCJR, já que Cattani viola os direitos humanos da comunidade LGBTQIA+, indo contra os critérios para a concessão da honraria.

Na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) requereu à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) a abertura de uma investigação sobre a conduta do deputado por indícios de crime de homofobia.

“Essa matéria ainda vai à discussão, teremos oportunidade para debater e o nosso debate é necessário para expor as contradições dessa Casa. Não temos maioria para reverter essa votação, mas isso não nos fará desistir, nem recuar de nossa posição, vamos até o fim defendendo os direitos humanos”, disse ela.





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