Pesquisa aponta crescimento de 40% no desmatamento em Mato Grosso
Em geral, em todo o país, os dados aponta alta de 16% de desmatamento no bioma em 2015, se comparado ao ano de 2014. A área desmatada foi de 5.831 Km2, contra 5.012 Km2 no período anterior. No caso de Mato Grosso, o Prodes aponta que o desmatamento está ‘distribuído’ principalmente nas cidades localizadas na área Médio-Norte e Norte.
O Pará é o estado com maior área de floresta derrubada (1.881 km²), mas manteve o mesmo índice do ano anterior. Em seguida aparece Mato Grosso, onde foram destruídos 1.508km² de floresta amazônica e onde a alta do desmatamento foi de 40%. O maior percentual de aumento foi no estado do Amazonas, com 54%, totalizando 769 km², seguido do estado de Rondônia, com 51% de aumento e 963 km² de desmatamento.
Os aumentos levaram o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a notificar os três principais estados para apresentarem, em 60 dias, os dados do desmatamento autorizado. Confrontando com os dados do Inpe, as autorizações permitirão com que o órgão possa impor as sanções previstas às áreas desmatadas ilegalmente.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, autorizações provisórias de funcionamento para propriedades rurais e desembargos de áreas em Mato Grosso foram fatores que estimularam o corte da floresta.
Dados da fiscalização do Ibama demonstram um acréscimo de 31% no esforço de fiscalização do órgão. Mesmo assim, áreas não consolidadas estão sendo convertidas com desembargos administrativos e judiciais em Mato Grosso. Ao longo da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, a liberação de áreas embargadas é preocupante, segundo avaliou a ministra.