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MEIO AMBIENTE
Terça - 01 de Dezembro de 2015 às 10:24
Por: G1 MT

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 Mato Grosso teve 40% de aumento no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2014 e julho de 2015. Os dados fazem parte do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente. O estudo indica que Mato Grosso é o segundo estado com maior área de floresta derrubada, perdendo apenas para o Pará. O estado destruiu 1.508km² de floresta amazônica nesse período.

Em geral, em todo o país, os dados aponta alta de 16% de desmatamento no bioma em 2015, se comparado ao ano de 2014. A área desmatada foi de 5.831 Km2, contra 5.012 Km2 no período anterior. No caso de Mato Grosso, o Prodes aponta que o desmatamento está ‘distribuído’ principalmente nas cidades localizadas na área Médio-Norte e Norte.

O Pará é o estado com maior área de floresta derrubada (1.881 km²), mas manteve o mesmo índice do ano anterior. Em seguida aparece Mato Grosso, onde foram destruídos 1.508km² de floresta amazônica e onde a alta do desmatamento foi de 40%. O maior percentual de aumento foi no estado do Amazonas, com 54%, totalizando 769 km², seguido do estado de Rondônia, com 51% de aumento e 963 km² de desmatamento.

Os aumentos levaram o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a notificar os três principais estados para apresentarem, em 60 dias, os dados do desmatamento autorizado. Confrontando com os dados do Inpe, as autorizações permitirão com que o órgão possa impor as sanções previstas às áreas desmatadas ilegalmente.

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, autorizações provisórias de funcionamento para propriedades rurais e desembargos de áreas em Mato Grosso foram fatores que estimularam o corte da floresta.

Dados da fiscalização do Ibama demonstram um acréscimo de 31% no esforço de fiscalização do órgão. Mesmo assim, áreas não consolidadas estão sendo convertidas com desembargos administrativos e judiciais em Mato Grosso. Ao longo da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, a liberação de áreas embargadas é preocupante, segundo avaliou a ministra.





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