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POLÍTICA
Quinta - 27 de Outubro de 2022 às 16:27
Por: Assessoria

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Entidades representativas de fiéis, religiosas e religiosos católicos manifestam apoio à democracia e à luta contra a desigualdade social, posicionando-se a favor do voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições. É o que aponta uma série de cartas públicas distribuídas pelas mídias digitais. Uma delas é a nota intitulada “Profecia e Esperança”, assinada pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e pela Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP).

“Temos a firmeza e a tranquilidade de nos posicionarmos em favor da eleição do ex-presidente Lula porque vivenciamos no seu anterior governo uma situação de paz, liberdade religiosa, respeito à democracia e compromisso social que precisamos reconquistar”, diz trecho da carta.

Marilza Schuina, ex-presidenta do CNLB e hoje integrante da Comissão de Assessoria Permanente da entidade, reforça o conteúdo da nota. “Estamos diante de uma travessia e precisamos escolher o caminho certo. Uma escolha equivocada será fatal para o destino dos brasileiros e brasileiras, principalmente os pobres, as pobres, como os indígenas, os quilombolas, a população em situação de rua, os desempregados, os jovens, as mulheres, a população LGBTQIA+, e tantos mais", comenta.

“Igualmente, uma escolha errada será fatal para a defesa incondicional da vida e dos direitos da pessoa humana, bem como dos direitos da Mãe Terra, nossa Casa Comum. Pela vida em primeiro lugar, não podemos errar o caminho. Que a gente não se perca na encruzilhada”, complementa Marilza, que mora em Cuiabá (MT) e atua junto às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

O CNLB é um organismo que articula, organiza e representa cristãs e cristãos leigos por meio de pastorais, grupos, equipes de serviço e comissões de trabalho no contexto da atuação católica no país.

Na carta, as entidades criticam a condução do governo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, que gerou cerca de 700 mil mortes, denunciam a política econômica pelo aumento da pobreza e da miséria e repudiam o desrespeito sistemático às minorias sociais. A carta pode ser lida na íntegra no link: https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2022/10/Not...

CNLB, CRB e CBJP afirmam, ainda, que eleger Lula presidente é uma forma de iniciar um processo de transformação da realidade social, política e econômica brasileira. O padre jesuíta e professor de Antropologia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)/Cuiabá, Aloir Pacini, apoia o conteúdo da carta e registra sua posição.

“Não posso me calar diante das atrocidades do atual governo em relação aos povos indígenas, às invasões aos territórios tradicionais quilombolas. Eu, comprometido com Jesus Cristo, como consagrado, eu peço o voto pro Lula, que é a solução pra nós termos um Brasil respeitado, um Brasil que respeita a sua população e que trabalha em favor das classes menos favorecidas. Não podemos mais aguentar esse governo perverso, que faz dos empresários ricos ou daqueles que ganham muito dinheiro o seu objetivo. O Estado deve ser colocado a serviço das pessoas mais necessitadas. Esse é o sentido da república, da coisa pública”, afirma.

Coragem e voto secreto

Outras duas notas públicas destacam-se no contexto eleitoral do segundo turno, por defenderem valores sociais associados às pautas da democracia brasileira, presentes na Constituição Federal. Uma delas é a “Carta ao Povo Brasileiro”, assinada pela Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB). A outra nota traz o título “A gravidade do segundo turno das eleições 2022” e é subscrita pelo grupo “Bispos do Diálogo pelo Reino”. As cartas podem ser lidas nos seguintes links: https://ssb.org.br/noticias/cepast-cnbb-divulga-ca... e https://cimi.org.br/2022/10/em-carta-bispos-afirma...

Nessas duas cartas os bispos estimulam os fiéis e a sociedade em geral a terem coragem para expressar suas opiniões e a votarem com liberdade, numa crítica à violência praticada pela campanha bolsonarista, expressa por assédio eleitoral de empresários contra trabalhadores, difusão de fake news, agressões físicas e verbais. As duas cartas também denunciam o uso da religião em benefício da candidatura do atual presidente, apontando o perigo do fanatismo e da distorção do evangelho de Jesus Cristo, que é baseado no amor às pessoas e na defesa do meio ambiente, e não na difusão do ódio nem da destruição ambiental.

“Vamos assumir este Mutirão pela Vida e por democracia: vamos às ruas, às praças, dialogar com vizinhos, colegas de trabalho e manifestar a vida que nos trouxe até aqui; vamos cantar as canções de esperança, manifestar a alegria de quem luta por dias melhores. Serão dias de intensas ações pela dignidade do nosso povo que, do Sul ao Norte do país, levantam as bandeiras da paz e da justiça. Cuidemos da nossa democracia pelo Voto que garanta o Bem Viver dos Povos. A força, a fé e a coragem estão conosco!”, registra trecho da “Carta ao Povo Brasileiro”, de autoria da Cepast-CNBB.





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