Polícia Civil prende dupla que sequestrou e executou jovem em Sorriso
A equipe de investigação de homicídios da Delegacia de Sorriso prendeu, nesta quinta-feira (10.10), dois envolvidos no assassinato de um jovem que estava desaparecido desde o início da semana. Um terceiro suspeito, já identificado, é procurado pela Polícia Civil.
Weverton Lopes Souza, de 20 anos, saiu de casa para o trabalho, no dia 8 de outubro, e, no trajeto, passou na casa de um conhecido. Depois, não foi mais visto.
O pai da vítima procurou a Polícia Civil e registrou o desaparecimento do filho, informando que o jovem não tinha costume de se ausentar de casa.
A equipe de investigação da Delegacia de Sorriso apurou que o jovem foi sequestrado por integrantes de uma facção criminosa e, após ser torturado por horas, foi morto e jogado às margens da estrada da Linha Alto Celeste, perto de uma propriedade rural.
O homicídio foi ordenado por criminosos detidos na Penitenciária Central em Cuiabá.
O corpo de Weverton foi localizado nesta quinta-feira, após a prisão do primeiro envolvido, que indicou onde a vítima foi executada, submetida ao denominado ‘tribunal do crime’.
O criminoso, de 21 anos, é o mesmo que estava na casa onde Weverton foi visto pela última vez com vida. Da casa, a vítima foi conduzida com as mãos amarradas por duas pessoas e colocada dentro de um veículo GM Celta.
O acusado foi detido em um ônibus intermunicipal que saiu de Sinop com destino a Sorriso. Os policiais interceptaram o veículo próximo ao trevo da cidade de Vera. Ele confirmou a participação no sequestro e no homicídio, e informou que o outro suspeito, de 18 anos, estava em um hotel em Sinop, onde equipes policiais da cidade o prenderam.
Após a segunda prisão, os policiais civis chegaram à localização do corpo de Weverton.
Durante entrevista, os dois suspeitos confessaram a participação no crime e que sequestram a vítima a mando de líderes de uma facção criminosa. A vítima foi submetida a agressões com pauladas, socos e golpes de faca e depois executada com uma arma de fogo. Todos os atos bárbaros foram ordenados e presenciados por criminosos, que acompanharam por videochamada a sessão de tortura e execução do jovem.
O veículo usado no crime foi localizado em uma residência no bairro Mário Raiter, onde foi encontrado ainda um VW Gol sem placas. A residência, sem habitantes, é possivelmente utilizada como esconderijo de carros do grupo criminoso.
Os dois detidos foram autuados em flagrante pelos crimes de ocultação cadáver, homicídio doloso qualificado, constituir organização criminosa e tortura mediante sequestro.