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Secretarias são capacitadas em gestão de resíduos
Durante o curso sobre ‘Sustentabilidade na Administração Pública’, realizado na manhã desta terça-feira (10.11), as secretarias de Estado foram orientadas sobre a gestão de resíduos. O objetivo do curso é capacitar os órgãos para implantar o programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), utilizando de maneira consciente a energia, água, papel e copos, alguns dos itens mais usados no setor público. A capacitação é realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O encontro segue até sexta-feira, das 8h às 12h, na Tribuna da Arena Pantanal, no bairro Verdão em Cuiabá.
De acordo a técnica do MMA, Monica Rocha, 22% do Produto Interno Bruto (PIB) é gastado em compras para a administração pública. O setor consome 1,5 % da energia do país. Dados apresentados por ela ainda mostram que cada servidor gasta anualmente quatro mil folhas de papel A4, 500 copos descartáveis e 166 litros de água, sendo que 40% dessa quantia é perdida antes de chegar na torneira. Monica explica que a A3P atuará no combate ao consumo descontrolado com objetivo de diminuir gastos e promover qualidade de vida ao servidor. “O uso desenfreado dos recursos coopera para a geração de resíduos numa velocidade que ultrapassa o tempo de regeneração da terra. E a intenção do MMA é trabalhar junto ao Estado para erradicar isso”.
Medidas sustentáveis
Para Monica a expressão ‘jogar fora’ é sem fundamento. Ela acredita que não existe o ‘fora’, que as pessoas convivem com todo lixo que produz. E para evitar o gasto desnecessário a técnica orienta as secretarias a adotarem algumas medidas sustentáveis, como por exemplo, a adoção de caneca, já que o copo é um dos maiores vilões do meio ambiente. Ele demora mais de 100 anos para se decompor na natureza, além de causar danos a saúde humana. Quando aquecido, o plástico libera uma substância química que aumenta a chance de as mulheres terem câncer de mama ou útero. Já os homens ficam mais predispostos ao câncer de próstata, à infertilidade e à diminuição do número de espermatozoides.
Segundo Monica, uma caneca de acrílico de 400 ml custa em média R$2,20 enquanto um copo descartável de 200 ml custa R$0,04. Ao fim das contas um copo de acrílico equivale a 55 copos descartáveis, considerando um por dia. Outra medida para ser praticada durante o trabalho e até mesmo em casa é a utilização de balde com água para realizar a limpeza dos móveis. “Ao invés de lavar o pano na torneira toda hora é mais pratico usar um recipiente com água para enxaguar o pano. O resultado é o mesmo e a pessoa ainda economiza água”.
Com relação ao desperdício de papel, Monica entende que é possível reutilizar aqueles que só tiveram um dos lados usados. A gerente de convênio da Secretaria de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária (Seaf), Dirse Neves, informa que a pasta ainda não possui a A3P, mas já se adaptou a algumas medidas sustentáveis. “Eu seleciono os papais usados que tem o outro lado em branco e monto bloquinhos. Acho desnecessário eu pegar papel em branco toda hora que preciso fazer anotação, por isso confecciono meu próprio bloquinho”.
Outra sugestão apresentada pela técnica do MMA é o Retrofit, conceito surgido na Europa e Estados Unidos, que significa “colocar o antigo em forma”. Monica explica que muitos prédios públicos já são antigos e muitas vezes a construção de um novo geraria mais gastos. E como alternativa ela sugere a revitalização para aumentar a vida útil dos prédios. De inicio, a técnica destaca que o ideal é analisar o que é desnecessário no edifício. Ela cita como exemplo uma das decisões tomadas pelo MMA. “Antes a gente dispunha de seis elevadores. Agora só temos três. Essa mudança não causou nenhum dano aos funcionários, o fluxo de trabalho continua o mesmo e ainda economizamos energia”.
Programação
O curso continua nesta quarta-feira (12), com palestra sobre construções sustentáveis para prédios públicos. E na quinta (12) o tema discutido será qualidade de vida no ambiente de trabalho. Ao final do encontro, na sexta (13), os participantes vão elaborar um plano de trabalho para sua secretaria.
Propostas da A3P
O Governo de Mato Grosso aderiu ao programa A3P em outubro, mediante assinatura com o MMA. De imediato, apenas as secretarias de Meio Ambiente, Cidades, Educação e Gabinete de Assuntos Estratégicos irão implantar o projeto, mas todas as 23 secretarias estão participando do curso para entender e planejar o programa. O termo de cooperação técnica firmado com o MMA prevê um plano com vários aspectos socioambientais, entre eles: a gestão de resíduos sólidos e perigosos gerados; redução de consumo e reaproveitamento de materiais; combate ao desperdício de energia e de água, cidadania, ética, equidade, segurança e qualidade de vida no trabalho, entre outras medidas necessárias para a implantação, detectadas nos diagnósticos de cada instituição. Haverá ainda um cronograma para a prática dessas ações.
De acordo a técnica do MMA, Monica Rocha, 22% do Produto Interno Bruto (PIB) é gastado em compras para a administração pública. O setor consome 1,5 % da energia do país. Dados apresentados por ela ainda mostram que cada servidor gasta anualmente quatro mil folhas de papel A4, 500 copos descartáveis e 166 litros de água, sendo que 40% dessa quantia é perdida antes de chegar na torneira. Monica explica que a A3P atuará no combate ao consumo descontrolado com objetivo de diminuir gastos e promover qualidade de vida ao servidor. “O uso desenfreado dos recursos coopera para a geração de resíduos numa velocidade que ultrapassa o tempo de regeneração da terra. E a intenção do MMA é trabalhar junto ao Estado para erradicar isso”.
Medidas sustentáveis
Para Monica a expressão ‘jogar fora’ é sem fundamento. Ela acredita que não existe o ‘fora’, que as pessoas convivem com todo lixo que produz. E para evitar o gasto desnecessário a técnica orienta as secretarias a adotarem algumas medidas sustentáveis, como por exemplo, a adoção de caneca, já que o copo é um dos maiores vilões do meio ambiente. Ele demora mais de 100 anos para se decompor na natureza, além de causar danos a saúde humana. Quando aquecido, o plástico libera uma substância química que aumenta a chance de as mulheres terem câncer de mama ou útero. Já os homens ficam mais predispostos ao câncer de próstata, à infertilidade e à diminuição do número de espermatozoides.
Segundo Monica, uma caneca de acrílico de 400 ml custa em média R$2,20 enquanto um copo descartável de 200 ml custa R$0,04. Ao fim das contas um copo de acrílico equivale a 55 copos descartáveis, considerando um por dia. Outra medida para ser praticada durante o trabalho e até mesmo em casa é a utilização de balde com água para realizar a limpeza dos móveis. “Ao invés de lavar o pano na torneira toda hora é mais pratico usar um recipiente com água para enxaguar o pano. O resultado é o mesmo e a pessoa ainda economiza água”.
Com relação ao desperdício de papel, Monica entende que é possível reutilizar aqueles que só tiveram um dos lados usados. A gerente de convênio da Secretaria de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária (Seaf), Dirse Neves, informa que a pasta ainda não possui a A3P, mas já se adaptou a algumas medidas sustentáveis. “Eu seleciono os papais usados que tem o outro lado em branco e monto bloquinhos. Acho desnecessário eu pegar papel em branco toda hora que preciso fazer anotação, por isso confecciono meu próprio bloquinho”.
Outra sugestão apresentada pela técnica do MMA é o Retrofit, conceito surgido na Europa e Estados Unidos, que significa “colocar o antigo em forma”. Monica explica que muitos prédios públicos já são antigos e muitas vezes a construção de um novo geraria mais gastos. E como alternativa ela sugere a revitalização para aumentar a vida útil dos prédios. De inicio, a técnica destaca que o ideal é analisar o que é desnecessário no edifício. Ela cita como exemplo uma das decisões tomadas pelo MMA. “Antes a gente dispunha de seis elevadores. Agora só temos três. Essa mudança não causou nenhum dano aos funcionários, o fluxo de trabalho continua o mesmo e ainda economizamos energia”.
Programação
O curso continua nesta quarta-feira (12), com palestra sobre construções sustentáveis para prédios públicos. E na quinta (12) o tema discutido será qualidade de vida no ambiente de trabalho. Ao final do encontro, na sexta (13), os participantes vão elaborar um plano de trabalho para sua secretaria.
Propostas da A3P
O Governo de Mato Grosso aderiu ao programa A3P em outubro, mediante assinatura com o MMA. De imediato, apenas as secretarias de Meio Ambiente, Cidades, Educação e Gabinete de Assuntos Estratégicos irão implantar o projeto, mas todas as 23 secretarias estão participando do curso para entender e planejar o programa. O termo de cooperação técnica firmado com o MMA prevê um plano com vários aspectos socioambientais, entre eles: a gestão de resíduos sólidos e perigosos gerados; redução de consumo e reaproveitamento de materiais; combate ao desperdício de energia e de água, cidadania, ética, equidade, segurança e qualidade de vida no trabalho, entre outras medidas necessárias para a implantação, detectadas nos diagnósticos de cada instituição. Haverá ainda um cronograma para a prática dessas ações.
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