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Haitianos se preparam em busca de novas oportunidades
“A maior preocupação é em relação à redação pela dificuldade com o idioma. Mas com apoio da escola e dos professores, temos nos esforçado para superar esta barreira”. A declaração é de Carnes Ilozier, de 37 anos, um entre os mais de 150 haitianos matriculados em escolas estaduais de Mato Grosso, e que almeja conquistar uma vaga em universidade pública, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) , que ocorre neste fim de semana (24 e 25) em todo o Brasil.
As línguas oficiais do país de origem, o terceiro maior do Caribe, destes estudantes são o crioulo e o francês. Por isso, aproveitam as aulas para reforçar o aprendizado da Língua Portuguesa e atualizar os ensinamentos em outras áreas do conhecimento. O objetivo maior é conquistar notas no Enem suficientes para garantir vaga em uma universidade pública.
O sonho de Ilozier é se graduar em Engenharia Elétrica, escolhida por conta das disciplinas nas quais tem mais facilidade (matemática, química e física) nas aulas frequentadas à noite, no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Almira de Amorim Silva, no CPA 3, em Cuiabá. E ele não está sozinho nesta empreitada, somente na unidade escolar outros 10 alunos também estão se preparando para o Enem 2015.
Proveniente de uma família de agricultores em San Marcos, Ilozier não frequenta a escola desde 2002, quando terminou o ensino médio. Ele conta que investiu muito dinheiro para chegar ao Brasil, passando pelo Equador, Peru e Bolívia. “Quando cheguei, decidi morar na capital mato-grossense em busca de novas oportunidades. Aqui, tenho apoio para estudar e uma oportunidade de trabalho”.
Conseguir uma vaga em uma universidade brasileira também é motivo para Claudel Modestin, de 28 anos, se emprenhar nos estudos da Língua Portuguesa. Há alguns meses em Cuiabá, ele trabalha como pedreiro aproveitando os conhecimentos adquiridos em seu país, onde estudava para ser mestre de obras. “Por afinidade decidi cursar Engenharia Civil. Estou ansioso e peço a Deus sorte para alcançar uma boa nota no Exame”, comenta.
Huberman Alseci Nivarde, 23, também trabalha como pedreiro na capital e como o amigo, pretende ingressar no curso de Engenharia. Nivarde frequenta as aulas no Ceja como reforço há um ano e meio, em companhia da esposa. “Se eu estivesse no Haiti cursaria Direito. Mas aqui, como eu trabalho em construção, pensei em fazer Engenharia Civil”, comenta.
Assim como a maioria, a escolha de uma profissão também perpassa pela questão financeira e econômica. O envio de dinheiro aos familiares que ficaram no Haiti, a possibilidade de viajar à passeio para lá ou trazer os parentes para o Brasil são questões prioritárias na vida de cada um. O Haiti ainda sofre as consequências do grave terremoto que atingiu o país em 2010, matando cerca de 250 mil pessoas e deixando mais de um milhão de desabrigados.
Atendimento
O Ceja Almira de Amorim Silva atende cerca de 50 haitianos e outros 80 estudam na Escola Estadual Leovegildo de Melo, também no bairro CPA 3. Existem também alunos matriculados no interior do estado e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) trabalha para atender à demanda crescente.
Como parte da política educacional, em agosto, a Secretaria instituiu uma comissão para realizar diagnóstico e elaborar uma proposta pedagógica para o atendimento adequado na rede estadual de ensino.
Enquanto isso, algumas unidades foram adaptadas para atender aos estudantes. A exemplo do Ceja Almira que possui uma sala de atendimento diferenciado, onde os alunos frequentem aulas de Português, antes de iniciar os estudos por áreas do conhecimento. “Os alunos haitianos são muito esforçados e têm facilidade em aprender”, afirma a diretora do Ceja, Marisa Giraldeli, destacando que o importante é para todos significar uma oportunidade de obter novos conhecimentos e passar a vislumbrar uma universidade.
As línguas oficiais do país de origem, o terceiro maior do Caribe, destes estudantes são o crioulo e o francês. Por isso, aproveitam as aulas para reforçar o aprendizado da Língua Portuguesa e atualizar os ensinamentos em outras áreas do conhecimento. O objetivo maior é conquistar notas no Enem suficientes para garantir vaga em uma universidade pública.
O sonho de Ilozier é se graduar em Engenharia Elétrica, escolhida por conta das disciplinas nas quais tem mais facilidade (matemática, química e física) nas aulas frequentadas à noite, no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Almira de Amorim Silva, no CPA 3, em Cuiabá. E ele não está sozinho nesta empreitada, somente na unidade escolar outros 10 alunos também estão se preparando para o Enem 2015.
Proveniente de uma família de agricultores em San Marcos, Ilozier não frequenta a escola desde 2002, quando terminou o ensino médio. Ele conta que investiu muito dinheiro para chegar ao Brasil, passando pelo Equador, Peru e Bolívia. “Quando cheguei, decidi morar na capital mato-grossense em busca de novas oportunidades. Aqui, tenho apoio para estudar e uma oportunidade de trabalho”.
Conseguir uma vaga em uma universidade brasileira também é motivo para Claudel Modestin, de 28 anos, se emprenhar nos estudos da Língua Portuguesa. Há alguns meses em Cuiabá, ele trabalha como pedreiro aproveitando os conhecimentos adquiridos em seu país, onde estudava para ser mestre de obras. “Por afinidade decidi cursar Engenharia Civil. Estou ansioso e peço a Deus sorte para alcançar uma boa nota no Exame”, comenta.
Huberman Alseci Nivarde, 23, também trabalha como pedreiro na capital e como o amigo, pretende ingressar no curso de Engenharia. Nivarde frequenta as aulas no Ceja como reforço há um ano e meio, em companhia da esposa. “Se eu estivesse no Haiti cursaria Direito. Mas aqui, como eu trabalho em construção, pensei em fazer Engenharia Civil”, comenta.
Assim como a maioria, a escolha de uma profissão também perpassa pela questão financeira e econômica. O envio de dinheiro aos familiares que ficaram no Haiti, a possibilidade de viajar à passeio para lá ou trazer os parentes para o Brasil são questões prioritárias na vida de cada um. O Haiti ainda sofre as consequências do grave terremoto que atingiu o país em 2010, matando cerca de 250 mil pessoas e deixando mais de um milhão de desabrigados.
Atendimento
O Ceja Almira de Amorim Silva atende cerca de 50 haitianos e outros 80 estudam na Escola Estadual Leovegildo de Melo, também no bairro CPA 3. Existem também alunos matriculados no interior do estado e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) trabalha para atender à demanda crescente.
Como parte da política educacional, em agosto, a Secretaria instituiu uma comissão para realizar diagnóstico e elaborar uma proposta pedagógica para o atendimento adequado na rede estadual de ensino.
Enquanto isso, algumas unidades foram adaptadas para atender aos estudantes. A exemplo do Ceja Almira que possui uma sala de atendimento diferenciado, onde os alunos frequentem aulas de Português, antes de iniciar os estudos por áreas do conhecimento. “Os alunos haitianos são muito esforçados e têm facilidade em aprender”, afirma a diretora do Ceja, Marisa Giraldeli, destacando que o importante é para todos significar uma oportunidade de obter novos conhecimentos e passar a vislumbrar uma universidade.
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