Categoria se reuniu em assembleia na Escola Presidente Médici em Cuiabá. Previsão é que as aulas sejam retomadas no estado na segunda-feira (8).
Servidores da Educação suspendem greve após 67 dias em Mato Grosso
Os servidores da educação estavam em greve para cobrar aumento do piso salarial e a correção da inflação referente à diferença do piso salarial. A Revisão Geral Anual (RGA), inicialmente o motivo principal da greve, foi aprovada em 7,36%.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), a categoria conquistou durante a greve o encaminhamento das principais reivindicações dos trabalhadores, como a realização de concurso público e alterações no projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e o pagamento da diferença do piso salarial retroativo às perdas do período até dezembro de 2017.
A categoria deve retornar ao trabalho e as aulas devem voltar ao normal na próxima segunda-feira (8). Durante a Reunião, o Sintep-MT recomendou que o calendário de reposição das deva respeitar 800 horas e 200 dias letivos, evitando expediente aos sábados.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre os itens acordados estão a correção da diferença do piso até dezembro de 2017. O cronograma de pagamento deverá ser entregue pelo governo até abril do ano que vem.
Foi definido que o projeto das PPPs será concluído pelo governo e incluirá apenas as edificações e reformas dos prédios escolares. A implementação, no entanto, dependerá de deliberação e eventual aprovação nas convenções estaduais e municipais de educação.
Greve
A greve da categoria foi iniciada no dia 31 de maio, quando os trabalhadores cobravam do estado o pagamento integral e sem parcelas da RGA, no total de 11,28%. Na mesma ocasião, cerca de 30 categorias de servidores estaduais paralisaram as atividades.
A decisão dos trabalhadores foi tomada após o governo do estado anunciar que não tinha dinheiro em caixa para fazer a reposição ao funcionalismo público da perda salarial provocada pela inflação do ano passado.
O reajuste de 7,36%, parcelado em três vezes, foi aprovado pela Assembleia Legislativa. A maioria das categorias voltaram ao trabalho após a aprovação.
De acordo com levantamento feito pelo governo, 36 escolas que estavam com as aulas paradas retomaram as atividades no começo da semana, totalizando 286 em atividade. Mas, o Sintep diz que 90% das unidades ainda estavam em greve. A paralisação começou no dia 31 de maio e durou 67 dias.