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MEIO AMBIENTE
Terça - 22 de Setembro de 2015 às 14:00
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Além de embelezar as cidades, trazer sombra, frutos e inúmeras vantagens ao meio ambiente, como chuva, qualidade do ar, diminuição do barulho e represamento da água dos rios e córregos, para evitar seu assoreamento, as árvores propiciam diversos benefícios diretos para a saúde humana. Estudos comprovam que o contato com áreas verdes tem relação direta com a melhoria da qualidade de vida das pessoas, diminuindo inclusive os riscos de desenvolver depressão e outros transtornos.

Para o coordenador de unidades de conservação e áreas protegidas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexandre Batistella, o convívio com a natureza deveria fazer parte do cotidiano da população, já que isso estimula a prática de exercícios físicos, proporciona interação interpessoal e com o ambiente, diminuindo o sedentarismo e consequentemente aumentando a expectativa de vida. “Estar próximo ao verde estimula as pessoas a serem mais ativas. Assim elas podem ver o mundo de forma mais bonita e harmônica”.

Basílio Rodrigues, 89 anos, morador da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, é um exemplo de que o ser humano também precisa conservar o meio ambiente para chegar à terceira idade com vigor e orgulho das benfeitorias da juventude. Ao caminhar pelo quintal de casa, ele se perde em meio aos pés de seriguela, caju, coco, jabuticaba, carambola, ingá, manga, banana, além de árvores não frutíferas. Ele herdou de seus avós o hábito de cultivar as plantas e cuida com todo carinho para que ninguém arranque dele as únicas lembranças palpáveis do resultado de seu trabalho na companhia de sua esposa, já falecida.

A árvore mais velha do quintal é o pé de tamarindo. Com mais de 100 anos, a árvore foi plantada por seu avô e conservada por seus pais. Quando os 10 filhos e os 20 bisnetos de Basílio se reúnem a árvore se torna o centro das atenções. Sentados ao redor dela, a família se refresca com um delicioso suco da fruta e com sombra produzida pelos galhos e folhas. “Isso aqui faz parte da nossa história”, lembra Basílio, que ainda faz duras críticas a quem desmata. “Eu ensino para as crianças desde cedo que se não tiver árvore, não existe ar, nem chuva”.

Da sombra aos frutos vitaminados

De acordo com o engenheiro agrônomo e professor de Ciências Socioambientais, Jair José Durigon, a presença de árvores é importante, já que Mato Grosso é um dos 
estados mais quentes do Brasil. Ele explica que por conta das árvores a sensação térmica do ar fica mais baixa, o que promove mais tranquilidade e sensação de bem-estar.

Determinadas espécies ainda produzem frutos que podem ser consumidos pelas pessoas e são ricos em nutrientes. A acerola e a manga, por exemplo, possuem uma alta concentração de vitamina C. O caju, fruta muito comum na capital, é uma excelente fonte de proteínas e minerais essenciais, incluindo cálcio, magnésio, ferro, fósforo e potássio. Já o pequi, carro-chefe da gastronomia cuiabana, tem teor elevado de ácidos graxos monoinsaturados, que combate o colesterol e protege o coração.

Qualidade do ar

Você tem sentido desconforto com a baixa umidade do ar, poluição e ausência de chuvas? Pois fique sabendo que as árvores amenizam essas condições climáticas adversas à saúde. Jair Durigon explica que a árvore reduz a velocidade do vento e ajuda na retenção do dióxido de carbono (CO2), substância liberada principalmente durante a queima de gasolina, diesel, querosene, carvão mineral e vegetal.

A grande quantidade de CO2 na atmosfera é prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global. “Seria ideal que as árvores fizessem parte do cotidiano das pessoas, mas nem sempre isso é possível. Com o crescimento das cidades, o número de construção de grandes empreendimentos teve que aumentar e muitos deles ainda não visam a sustentabilidade”. 




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