Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação, das 151 unidades escolares do município, 111 funcionaram normalmente nesta terça.
"Temos uma adesão pequena, mas é importante que todas as unidades funcionem para não prejudicar os alunos e também possibilitar nosso planejamento para a reposição das aulas relativas aos dias em que os profissionais ficaram parados. Temos que planejar a rede como um todo, por isso a importância de todas as unidades voltarem a funcionar o mais rápido possível”, argumenta Gilberto Figueiredo.
A greve da educação começou na segunda-feira (31). No dia seguinte (01) representantes da prefeitura e do Sindicato se reuniram na Central de Conciliação e Mediação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Após a reunião, a prefeitura fez uma contraproposta oferecendo 2,31% de ganho real a partir de janeiro de 2016, o que corresponde a 70% do que a categoria vem pleiteando, que corresponde a 3% de ganho real.
No dia seguinte, dia 2, a desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho declarou a ilegalidade da greve porque o sindicato deixou de cumpriu com os requisitos legais para o movimento. É que a Lei 7.783 de 1989 determina que a prefeitura deveria ter sido notificada da greve num prazo mínimo de 72 horas antes do início da paralisação, o que não ocorreu.
Segundo a desembargadora, a paralisação só se justificaria se as negociações entre as partes estivessem esgotadas, e não foi isso o que aconteceu. Nilza Pôssas escreveu que a paralisação prejudica 46 mil alunos e determinou o retorno imediato dos professores, além de estipular na ocasião multa diária de R$ 1 mil pelo descumprimento da decisão. A magistrada considerou no despacho que a greve prejudica os 46 mil alunos do Município.
De acordo com o secretário de Governo e Comunicação, Kleber Lima, o percentual apresentado, de 2,31%, é o que pode ser oferecido pela prefeitura sem correr o risco de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, além de estar bem próximo daquilo que os profissionais da educação reivindicam. Em julho, os professores e demais profissionais da educação já receberam um reajuste de 9,31%, assim como as demais categorias.