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POLÍTICA
Sexta - 04 de Setembro de 2015 às 10:21
Por: Diario de Cuiabá

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 A votação pelos senadores da República da Reforma Política acabou provocando um corre-corre entre aqueles que desejam aproveitar a janela de 30 dias para poderem trocar de partidos sem serem atingidos pelo instituto da fidelidade partidária. 

O assunto deverá movimentar principalmente as câmaras de vereadores, já que estarão em disputa no ano que vem 1.394 vagas em todos os 141 poderes legislativos municipais, mas também existem conversações na Assembleia Legislativa, que tem 24 deputados, dos quais pelo menos oito têm a possibilidade de trocar de sigla. E na Câmara federal, onde dos oito parlamentares pelo menos três são assediados e podem inclusive mudar de sigla para disputar as eleições municipais do próximo ano. 

O instituto da fidelidade partidária foi reconhecido tanto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como pelo Supremo Tribunal Federal para os cargos proporcionais - deputados federais, estaduais e vereadores -, levando em consideração que eles dependem dos votos de todos os candidatos para conquistar as cadeiras nos respectivos parlamentos. 

Nas decisões das duas maiores Cortes da Justiça do país, os detentores de cargos majoritários, presidente da República, senador da República, governador de Estado e prefeitos não estão sob a égide do instituto da fidelidade partidária, por só dependerem dos próprios votos para serem eleitos. Mas a corrida não deverá ficar apenas entre os legisladores, pois com a ida do governador Pedro Taques para o PSDB, as peças do tabuleiro da sucessão municipal em 2016 e estadual em 2018 também deverão ser alteradas.

 “Eu já havia manifestado interesse em mudar para o PSDB, agora ficou mais fácil”, reconheceu o deputado Dilmar Dal’Bosco, único parlamentar do DEM. Ele disse estar saindo da sigla por causa da questão regionalizada em Sinop, onde poderá disputar as eleições municipais, mas sinalizou que não ficarão mágoas com os líderes democratas, os irmão Jayme e Júlio Campos. 

Outro que está de malas prontas para deixar o PSD é Pedro Satélite, que já anunciou que iria acompanhar o governador Pedro Taques para o PSDB assim que ficasse definida a janela de 30 dias. Aliás, o PSD deverá ser o partido que mais parlamentares perderá. O líder na Assembleia, Gilmar Fabris, está de malas prontas para o PMDB acompanhando o senador Blairo Maggi que deverá chegar a setembro ao maior partido do Brasil. 

Janaina Riva, outra deputada do PSD, também está propensa a migrar para o PMDB, mas tem recebido convites de outros partidos que seriam importantes na condução de sua vida pública que é recente, mas calcada na herança política do pai. Um parlamentar que não sinaliza pela troca de partidos é José Carlos do Pátio, único parlamentar do Solidariedade, mas ele admitiu que foi sondado por três agremiações. “Estou fazendo o caminho inverso, ou seja, eu estou tentando trazer três estaduais para o Solidariedade e um federal”, disse Pátio, preferindo resguardar os nomes e admitindo que o Solidariedade tem chances de ganhar 15 novos deputados federais com a janela. 

Outros nomes que cogitam trocar de partido, mas não deixam como certo é o 1º secretário da Assembleia, Nininho (PR) que pode ir tanto para o PMDB como para o novel PL, se este vier a ser criado, e Sebastião Rezende (PR) que tende a ir para um partido da bancada evangélica, já que ele pertence à Assembleia de Deus. 

Mauro Savi, aliado de primeiro momento do senador Blairo Maggi que está de malas prontas para o PMDB, e que já demonstrou descontentamento como o PR, deverá permanecer na sigla juntamente com Emanuel Pinheiro, por uma questão simples. Sua base eleitoral, que é no médio norte, principalmente em Sorriso, é adversária do PMDB. 





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