Deputado quer campanha sobre hanseníase nas escolas
“Mato Grosso é o estado campeão, historicamente, em casos de hanseníase, e muito pouco foi feito para reverter esse quadro. Um dos motivos que provocam esse aumento é o diagnóstico tardio, fator inclusive que tem contribuído para a manutenção da cadeia de transmissão, com chances do paciente apresentar alguma incapacidade física”, explicou o parlamentar.
Vale destacar que o Ministério da Saúde iniciou, na semana passada, a campanha nacional de "Combate à Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma". Mato Grosso deve realizar as ações pertinentes à ação em 915 escolas de 65 municípios, chegando a 291 mil alunos de 5 a 14 anos de idade. Os trabalhos serão feitos por agentes comunitários de saúde e equipes do Programa de Saúde da Família.
Para o deputado, a indicação vem ao encontro da campanha nacional. “Entre janeiro a julho de 2015 foram registrados 1.612 casos de pessoas em tratamento de hanseníase. As cartilhas distribuídas nas escolas públicas e particulares vão fomentar uma nova consciência em torno da hanseníase, contribuindo com o diagnóstico e tratamento da criança, além de detectar outros casos na comunidade que estão perpetuando a doença”, disse.
O preconceito e o estigma da hanseníase estão ligados, em grande parte, a essas sequelas adquiridas pela detecção tardia e também pela falta de tratamento. Dos pacientes da doença, 6,10% deles apresentam alguma incapacidade física no momento do diagnóstico. A hanseníase tem cura e quando a pessoa inicia o tratamento, a transmissão é interrompida quase que imediatamente.
Dos 141 municípios, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Sorriso e Alta Floresta estão entre os mais afetados. “Diante disso, é necessário intensificar as ações de vigilância, voltadas ao diagnóstico precoce e ao tratamento da doença, especialmente nas regiões que apresentam maior concentração de casos”, finalizou o parlamentar.