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POLÍTICA
Segunda - 17 de Agosto de 2015 às 05:25
Por: Gazeta Digital

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Foto: Welington Sabino
Passeata reuniu 14 mil pessoas em Cuiabá, segundo a Polícia Militar
Passeata reuniu 14 mil pessoas em Cuiabá, segundo a Polícia Militar
Sob forte calor, os cuiabanos iniciaram a concentração para a manifestação contra a corrupção, às 16h na Praça Alencastro, centro da Capital. Acompanhando outras cidades do país, que pedem punição mais rigorosa aos envolvidos na Operação Lava Jato, os manifestantes tentam pressionar o governo Dilma.

Em Cuiabá, a mobilização começou pelas redes sociais. Outras duas manifestações ocorreram no país neste ano. Além de Cuiabá, outras 5 cidades de Mato Grosso também realizam protestos.


A passeata realizada neste domingo (16) reuniu cerca de 14 mil pessoas entre crianças acompanhadas dos pais e mães, jovens, idosos e até pessoas cadeirantes. Houve até quem levou o cachorrinho de estimação para “protestar” contra a corrupção e pedir a renúncia ou cassação da presidente Dilma Rousseff (PT). Eles usavam faixas e cartazes pedindo a saída de Dilma e também do PT que governa o país há 13 anos. Embora os organizadores afirmem tratar-se de um movimento apartidário, o protesto, não só em Cuiabá, mas nos outros 16 estados que se mobilizaram pelas redes sociais, recebe o apoio de partidos de oposição ao governo Dilma.


Ao final, a Polícia Militar disse que 14 mil pessoas participaram do ato que teve concentração na Praça Alencastro, sede da Prefeitura de Cuiabá e foi encerrado na Praça Oito de Abril, na Avenida Getúlio Vargas. Já os organizadores avaliam que pelo menos 25 mil pessoas participaram da passeata. Os envolvidos na organização são os Movimentos: Muda Brasil, Gigantes Brasileiros e o Vem Pra Rua. Alguns integrantes desses movimentos avaliaram que o evento superou as expectativas e o recado foi dado: que o povo quer um basta à corrupção e não está satisfeito com o atual governo.


Em meio à multidão, foi possível registrar a presença do ex-deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) que é empreiteiro e mantém contratos com o governo estadual para execução de obras da Copa de 2014. Ele concorda que o PT não inventou a corrupção que deve, segundo ele, existir no Brasil desde a época em que o país foi descoberto. “O que mudou é que eles institucionalizaram a corrupção, em qualquer orgão federal do governo que você vai, encontra alguém a mando do governo para arrecadar recursos e entregar ao tesoureiro do PT, que ele passou a chamar agora de pixuleco. Eles têm até sinônimo pra isso. É uma vergonha, está atrapalhando a educação das nossas futuras gerações. Temos que mudar isso, estou aqui hoje muito mais como cidadão do que político. Estou aqui pra mostrar a indignação nossa”, disse.


Quem também participou da passeata foi a ex-deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB). Ela é viúva do ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, que faleceu faleceu aos 54 anos em julho de 2006 quando era candidato a deputado federal. Ouvida pelo Gazeta Digital, ela disse que saiu pra protestar contra o “desgoverno do PT que tem trazido tantas mazelas ao povo. Além de tudo estamos aqui lutando contra a corrupção, pela ética e para que realmente nós tenhamos saúde e educação de qualidade”, relatou.


Um dos organizadores do protesto, o médico Osvaldo Mendes é integrante do movimento “Gigantes Brasileiros” e avaliou que pelo menos 25 mil pessoas saíram às ruas de Cuiabá para pedir um basta à corrupção. “Foi muito bom, superou nossas expectativas até mesmo por causa do calor e da baixa umidade do ar. Isso mostrou que o povo está indignado com esse governo do PT. Foi uma resposta ao presidente da CUT, Vagner Freitas, que falou em pegar armas para defender a Dilma”. O ativista não acredita que Freitas não tenha dito a frase no sentido figurado, mas sim, para intimidar a população que protesta e pede a saída da presidente. “Foi pra intimidar mesmo, pra incitar a violência”, diz.


Na passeata, houve a participação de 3 carros de trio elétrico. A todo o momento, o narrador gritava palavras de ordem como "fora Dilma, e leve o PT junto”, Ei, Dilma, pede pra sair”. As frases eram reproduzidas em coro pela multidão que também batia palmas e fazia barulho com apitos e buzinas. Ele também pedia aos participantes para assinarem uma lista que visa coletar nomes e repassar ao Ministério Público Federal com intuito de propor um novo projeto de lei para combater a corrupção no setor público em todo o Brasil.


Também integrante do movimento Gigantes Brasileiros, Onésimo Rocha destacou que o atual governo “quer instalar o comunismo no Brasil por meio de uma nova constituição ditatorial”. Ressalta que a população não concorda e nem aceita os rumos que o atual governo Dilma Rousseff vem tomando. “O projeto que apoiamos é do Ministério Público Federal que traz 10 medidas de combate à corrução. Vamos colher assinaturas para que esse projeto seja apresentado pelo MPF que tem representação em todo o Brasil, em todas as capitais. Nesses locais, são recolhidas assinaturas”.


A Polícia Militar mobilizou mais de uma centena de homens para monitorar e acompanhar a passeata, mas não divulgou o efetivo total de policiais empregado. Foram diversas viaturas utilizadas, bem como ambulância e um caminhão do Corpo de Bombeiros que ficaram estacionados nas proximidades da Praça Alencastro. Guardas municipais de trânsito, os amarelinhos, também trabalharam no local para controlar o trânsito na região e ruas adjacentes que cruzam a Getúlio Vargas. Um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também acompanhou o trajeto dos manifestantes sobrevoando as imediações. Não houve relato de qualquer incidente ou confusão.

 





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