Cerca de 500 soldados de SP chegam à Base Aérea do Galeão nesta sexta. 22 mil militares das Forças Armadas vão atuar no Rio durante os jogos.
Força Nacional fará segurança de arenas, diz ministro da Justiça
"A empresa contratada lamentavelmente não cumpriu deveres contratuais. Cadastrou 3 mil pessoas e contratou apenas 500. Essa empresa será multada e responsabilizada", disse o ministro.Ainda segundo Moraes, o valor do contrato com a Artel foi de R$ 17, 5 milhões.
"A empresa não conseguiu honrar seus compromissos, de forma irresponsável, e por isso chamamos mais 3 mil militares ativos e inativos", explicou o ministro, após visita de checagem ao aeroporto do Galeão nesta sexta feira.
Segundo ele, a Artel foi a segunda colocada na licitação, mas a primeira quis oferecer mais do que valor máximo de R$ 21 milhões e por isso também foi vetada. O Ministério chegou a pensar em contratar a terceira colocada, que já teve problemas e não havia conseguido cumprir os contratos nos Jogos de Londres. "É importante que o COI passe a analisar isso. É a segunda vez que o esquema de revista das arenas olímpicas não é cumprido", criticou ele.
Reforço ao longo do dia
Dos 500 soldados que chegam nesta sexta, 250 desembarcaram no Rio durante a manhã e já participaram de exercício na base aérea, e 250 chegam à noite. Além desses, outros 500 já estão na cidade.
O ministro da Defesa Raul Jungmann declarou, durante solenidade na sede do Comando Militar do Leste, no Palácio Duque de Caxias, no domingo (24), que o esquema de segurança organizado para o Jogos é o maior e sem precedentes se tratando de megaeventos no país. Jungmann afirmou que a operação só não supera o que foi organizado na Olimpíada de Pequim, na China, em 2008.
"Esse é o maior dispositivo já empregado em grandes eventos. O número maior alcançado anteriormente, me parece, foi algo em torno de 15 mil [militares], durante a Eco 92. E nós estamos desdobrados em mais 7 mil, quase 50% a mais do que foi utilizado", garantiu Jungmann.
Desde às 6h deste domingo parte do efetivo de 22 mil militares das Forças Armadas designados para atuar na segurança da Olimpíada 2016 já estavam pelas ruas do Rio. Pelos próximos 64 dias eles permanecerão na cidade com poder de polícia, atuando como agentes de segurança e não apenas de defesa.
A atividade envolve o uso de armamento não letal, como sprays de pimenta, tiros de bala de borracha, bombas de efeito moral e outros.
A autorização para que militares atuem como agentes de segurança é prevista pela Constituição Federal por meio da Garantia da Lei da Ordem, e precisa de autorização presidencial.
O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto no último dia 15 autorizando o uso de militares no Rio como agentes de segurança, o que é realizado na cidade pelas polícias Militar e Civil.