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Sema apresenta técnicas alternativas para o manejo do solo
Mesmo considerado uma técnica primitiva, o fogo ainda é muito utilizado para limpar e preparar o solo para o plantio na área rural. O que muitos agricultores não sabem é que essa técnica traz inúmeros problemas para a terra e para a saúde do próprio trabalhador. A fim de propor alternativas ao agricultor, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apresenta orientações de especialistas sobre novas técnicas de manejo de solo, menos agressivas e mais eficientes para produção agrícola.
Segundo o engenheiro agrônomo da área de manejo e conservação do solo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Sinop (Embrapa), Silvio Spera, o fogo é uma ferramenta de trabalho ultrapassada, porque deixa o solo exposto e a vegetação fica mais rala e suscetível à perda de nutrientes importantes, como o nitrogênio e o potássio, que estão armazenados na palha. “No passado a queimada era usada para controlar a erva daninha, mas com os avanços da ciência e da tecnologia esse método não é mais necessário. A própria palha, com pelo menos 90% de cobertura no solo, já controla a erva”.
Além de afetar o solo, o fogo também prejudica a qualidade do ar, traz danos ao meio ambiente e à saúde humana. Com objetivo de oferecer alternativas ao uso do fogo, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), disponibiliza por meio do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) dois técnicos, lotados em Nossa Senhora do Livramento, para orientar os agricultores sobre o uso da leira como método de manejo de solo.
A leira é uma preparação do solo com uma máquina que, segundo o extensionista da Empaer Luciênio da Silva, faz a limpeza como se estivesse rastelando o local. “Junte pedaços de toco ou tudo que estiver ao redor, e amontoe de forma parecida com quebra-molas, pois o resultado é ótimo para plantio”, orientou.
Dentro do programa do MDA, os técnicos ministram cursos e palestras para famílias que trabalham com agricultura nos assentamentos de Mato Grosso. Há cinco anos Luciênio oferece orientações sobre novos métodos para o manejo do solo. Para ele, a leira propicia boa produtividade e possibilita a manutenção da fertilidade da terra, garantindo assim uma produção sem riscos.
Luciênio e mais um técnico atendem 131 famílias de agricultores, dentre elas a família de Laura Ferreira, 38 anos. Ela, seus pais e mais cinco irmãos trabalham há 20 anos com agricultura, hoje eles estão no assentamento Campo Alegre de Baixo (a 18 km de Nossa Senhora do Livramento). Quando iniciaram o plantio, a família Ferreira fazia uso do fogo e Laura lembra que tinha muito medo. “A gente inalava muita fumaça. O solo era infértil, nossa produção era sem qualidade.” Há 15 anos, eles abandonaram a prática da queima e optaram pela leira. “É significante a melhora que tivemos. Nossa produção aumentou. Fora isso, a natureza também agradece”.
Além da leira, existe outra opção de manejo apresentada pela Superintendência de Educação Ambiental durante palestras nos municípios: o manejo sustentável do gado, técnica que evita a contaminação do ar pela fumaça. Conforme a superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Vânia Montalvão, o manejo é feito a partir da divisão do pasto em pequenas áreas chamadas de “piquetes”, que condicionarão o rebanho a consumir toda a área de pastagem, reduzindo o capim seco que seria queimado para a renovação da pastagem.
Outra forma de manejo é o plantio direto, que mantém a palha e os restos vegetais de outras agriculturas na superfície do solo garantindo a cobertura e proteção contra processos erosivos. As técnicas são respaldadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e foram apresentadas pela Sema durante visitas aos municípios participantes do Plano de Ações de Combate a Queimadas e Incêndios Florestais 2015, em atividades desenvolvidas desde abril.
Período proibitivo
O período proibitivo para as queimadas em Mato Grosso iniciou no dia 15 de julho e segue até 15 de setembro, podendo ser prorrogado em razão das condições climáticas, conforme Decreto nº 191, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do dia 14 deste mês. Nas áreas rurais, utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas é crime passível de 6 meses a 4 anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil ou R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare.
Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema): 0800 65 3838, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente.
Serviço:
O agricultor que deseja participar das palestras e conhecer outras maneiras de tratar o solo pode entrar em contato pelos telefones: (65)3351-1222 (em Nossa Senhora do Livramento) ou (65) 3613-1700 (Cuiabá).
Segundo o engenheiro agrônomo da área de manejo e conservação do solo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Sinop (Embrapa), Silvio Spera, o fogo é uma ferramenta de trabalho ultrapassada, porque deixa o solo exposto e a vegetação fica mais rala e suscetível à perda de nutrientes importantes, como o nitrogênio e o potássio, que estão armazenados na palha. “No passado a queimada era usada para controlar a erva daninha, mas com os avanços da ciência e da tecnologia esse método não é mais necessário. A própria palha, com pelo menos 90% de cobertura no solo, já controla a erva”.
Além de afetar o solo, o fogo também prejudica a qualidade do ar, traz danos ao meio ambiente e à saúde humana. Com objetivo de oferecer alternativas ao uso do fogo, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), disponibiliza por meio do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) dois técnicos, lotados em Nossa Senhora do Livramento, para orientar os agricultores sobre o uso da leira como método de manejo de solo.
A leira é uma preparação do solo com uma máquina que, segundo o extensionista da Empaer Luciênio da Silva, faz a limpeza como se estivesse rastelando o local. “Junte pedaços de toco ou tudo que estiver ao redor, e amontoe de forma parecida com quebra-molas, pois o resultado é ótimo para plantio”, orientou.
Dentro do programa do MDA, os técnicos ministram cursos e palestras para famílias que trabalham com agricultura nos assentamentos de Mato Grosso. Há cinco anos Luciênio oferece orientações sobre novos métodos para o manejo do solo. Para ele, a leira propicia boa produtividade e possibilita a manutenção da fertilidade da terra, garantindo assim uma produção sem riscos.
Luciênio e mais um técnico atendem 131 famílias de agricultores, dentre elas a família de Laura Ferreira, 38 anos. Ela, seus pais e mais cinco irmãos trabalham há 20 anos com agricultura, hoje eles estão no assentamento Campo Alegre de Baixo (a 18 km de Nossa Senhora do Livramento). Quando iniciaram o plantio, a família Ferreira fazia uso do fogo e Laura lembra que tinha muito medo. “A gente inalava muita fumaça. O solo era infértil, nossa produção era sem qualidade.” Há 15 anos, eles abandonaram a prática da queima e optaram pela leira. “É significante a melhora que tivemos. Nossa produção aumentou. Fora isso, a natureza também agradece”.
Além da leira, existe outra opção de manejo apresentada pela Superintendência de Educação Ambiental durante palestras nos municípios: o manejo sustentável do gado, técnica que evita a contaminação do ar pela fumaça. Conforme a superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Vânia Montalvão, o manejo é feito a partir da divisão do pasto em pequenas áreas chamadas de “piquetes”, que condicionarão o rebanho a consumir toda a área de pastagem, reduzindo o capim seco que seria queimado para a renovação da pastagem.
Outra forma de manejo é o plantio direto, que mantém a palha e os restos vegetais de outras agriculturas na superfície do solo garantindo a cobertura e proteção contra processos erosivos. As técnicas são respaldadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e foram apresentadas pela Sema durante visitas aos municípios participantes do Plano de Ações de Combate a Queimadas e Incêndios Florestais 2015, em atividades desenvolvidas desde abril.
Período proibitivo
O período proibitivo para as queimadas em Mato Grosso iniciou no dia 15 de julho e segue até 15 de setembro, podendo ser prorrogado em razão das condições climáticas, conforme Decreto nº 191, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do dia 14 deste mês. Nas áreas rurais, utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas é crime passível de 6 meses a 4 anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil ou R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare.
Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema): 0800 65 3838, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente.
Serviço:
O agricultor que deseja participar das palestras e conhecer outras maneiras de tratar o solo pode entrar em contato pelos telefones: (65)3351-1222 (em Nossa Senhora do Livramento) ou (65) 3613-1700 (Cuiabá).
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