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Propriedades rurais de Mato Grosso viram alvo de grileiros
Propriedades rurais situadas no noroeste de Mato Grosso, onde se concentra a maior área de Floresta Amazônica do Estado, têm sido alvo de invasões por parte de grileiros que promovem a extração ilegal de madeira e demais crimes ambientais.
Entre essas propriedades encontra-se a fazenda Amanda, no município de Juruena (880 quilômetros de Cuiabá), que possui 3,2 mil hectares e está inserida numa área de reserva legal.
Desde janeiro deste ano, quando foi invadida por 40 homens, ela é ocupada irregularmente, afirma a administradora de empresas Beatriz Bezeruska, 58 anos, proprietária legal do local.
Integrantes da Força Nacional de Segurança realizaram diligências na área quase um mês após a invasão, depois de denúncia feita por Beatriz junto ao Ibama. Armas de fogo e equipamentos como motosserras chegaram a ser apreendidos, mas os invasores continuam nas terras, já que, na ocasião, não havia decisão judicial para garantir a reintegração de posse.
"Estas pessoas estão ameaçando de matar o meu funcionário, estou sendo obrigada a mantê-lo fora da fazenda, assim como tratores e equipamentos. Tenho um cronograma de plantio de floresta e não estou conseguindo operacionalizá-lo", ressalta Beatriz.
Na fazenda existe em andamento dois projetos de cultivo de Teca, que ocupam uma área de 881 hectares. O restante da propriedade é conservado como reserva legal, na qual está implantado um projeto de manejo florestal, aprovado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), num espaço de 1,5 mil hectares - onde se encontram os grileiros.
A área de 1,5 mil hectares, que fica próxima ao rio Juruena, vem sendo dividida em lotes e 53 hectares de mata já teriam sido derrubados, conforme a denúncia.
As intenções mais prováveis com a ocupação irregular variam do comércio ilegal de madeiras à criação de lotes para serem utilizados em futuras transações comerciais.
Após o incidente envolvendo a Força Nacional Beatriz realizou outra denúncia sobre a situação junto à Sema que, por sua vez, a encaminhou para a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).
De acordo com o coronel da Polícia Militar, Wilson Batista, que é o Ouvidor da Sema, após confecção do Boletim de Ocorrência e formalização do pedido de reintegração de posse, casos desse tipo passam ainda pela análise do Comitê de Conflito Agrário de Mato Grosso, envolvendo Casa Civil e Militar, além da Secretaria de Segurança Pública.
Somente depois do trâmite é que alguma providência é tomada. A Dema informou que recebeu a denúncia da Sema e que uma equipe de policiais civis irá ao local realizar perícia.
Mais invasões
Em fevereiro deste ano a fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu (944 quilômetros de Cuiabá), sede dos Projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e Plataforma Experimental para a Gestão dos Territórios Rurais da Amazônia Legal (PETRA), que há 16 anos realiza pesquisas científicas, também foi invadida.
A propriedade é atravessada pela MT 208, que liga os municípios de Cotriguaçu e Alta Floresta, sendo bastante visada por grileiros. Policiais militares realizaram diligências pela fazenda e identificaram várias árvores derrubadas criminosamente.
Conforme a PM, ao menos 13 picadas (trilhas clandestinas), contadas a cada 100 metros da rodovia, foram abertas - o que sugere que a intenção tenha sido a de demarcar os lotes. Na ocasião, não foram encontrados grileiros pelo local.
A fazenda, que é utilizada para o desenvolvimento de atividades de educação e conscientização ambiental com crianças da região, além de pesquisas com estudantes da UFMT, Unemat e de instituições de ensino internacionais, possui no total 10 mil hectares.
Entre essas propriedades encontra-se a fazenda Amanda, no município de Juruena (880 quilômetros de Cuiabá), que possui 3,2 mil hectares e está inserida numa área de reserva legal.
Desde janeiro deste ano, quando foi invadida por 40 homens, ela é ocupada irregularmente, afirma a administradora de empresas Beatriz Bezeruska, 58 anos, proprietária legal do local.
Integrantes da Força Nacional de Segurança realizaram diligências na área quase um mês após a invasão, depois de denúncia feita por Beatriz junto ao Ibama. Armas de fogo e equipamentos como motosserras chegaram a ser apreendidos, mas os invasores continuam nas terras, já que, na ocasião, não havia decisão judicial para garantir a reintegração de posse.
"Estas pessoas estão ameaçando de matar o meu funcionário, estou sendo obrigada a mantê-lo fora da fazenda, assim como tratores e equipamentos. Tenho um cronograma de plantio de floresta e não estou conseguindo operacionalizá-lo", ressalta Beatriz.
Na fazenda existe em andamento dois projetos de cultivo de Teca, que ocupam uma área de 881 hectares. O restante da propriedade é conservado como reserva legal, na qual está implantado um projeto de manejo florestal, aprovado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), num espaço de 1,5 mil hectares - onde se encontram os grileiros.
A área de 1,5 mil hectares, que fica próxima ao rio Juruena, vem sendo dividida em lotes e 53 hectares de mata já teriam sido derrubados, conforme a denúncia.
As intenções mais prováveis com a ocupação irregular variam do comércio ilegal de madeiras à criação de lotes para serem utilizados em futuras transações comerciais.
Após o incidente envolvendo a Força Nacional Beatriz realizou outra denúncia sobre a situação junto à Sema que, por sua vez, a encaminhou para a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).
De acordo com o coronel da Polícia Militar, Wilson Batista, que é o Ouvidor da Sema, após confecção do Boletim de Ocorrência e formalização do pedido de reintegração de posse, casos desse tipo passam ainda pela análise do Comitê de Conflito Agrário de Mato Grosso, envolvendo Casa Civil e Militar, além da Secretaria de Segurança Pública.
Somente depois do trâmite é que alguma providência é tomada. A Dema informou que recebeu a denúncia da Sema e que uma equipe de policiais civis irá ao local realizar perícia.
Mais invasões
Em fevereiro deste ano a fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu (944 quilômetros de Cuiabá), sede dos Projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e Plataforma Experimental para a Gestão dos Territórios Rurais da Amazônia Legal (PETRA), que há 16 anos realiza pesquisas científicas, também foi invadida.
A propriedade é atravessada pela MT 208, que liga os municípios de Cotriguaçu e Alta Floresta, sendo bastante visada por grileiros. Policiais militares realizaram diligências pela fazenda e identificaram várias árvores derrubadas criminosamente.
Conforme a PM, ao menos 13 picadas (trilhas clandestinas), contadas a cada 100 metros da rodovia, foram abertas - o que sugere que a intenção tenha sido a de demarcar os lotes. Na ocasião, não foram encontrados grileiros pelo local.
A fazenda, que é utilizada para o desenvolvimento de atividades de educação e conscientização ambiental com crianças da região, além de pesquisas com estudantes da UFMT, Unemat e de instituições de ensino internacionais, possui no total 10 mil hectares.
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