Ela seria ouvida na ultima sexta (3), mas a audiência foi cancelada em função de a juíza Mônica Perri, se declarar impedida, já que seu irmão Orlando Perri foi responsável por decisões negando a liberdade da servidora pública.
Ela está presa desde o dia 5 de abril, data em que o crime foi cometido. De lá pra cá, a acusada ingressou com vários pedidos de liberdade, no entanto, nenhum foi acatado pela Justiça.
O último foi negado por Perri no último dia 15. A defesa de Ellen alegou que desde a prisão houveram fatos novos que ensejam na concessão da liberdade. No entanto, os argumentos não foram acatados pelo magistrado.
Perri destacou que a prisão está “fundamentada na garantia da ordem pública, decorrente da gravidade concreta do crime e da periculosidade da sua conduta e que os novos elementos probatórios apenas reforçam o acerto na manutenção da custódia cautelar, pois os fatos afirmados pela vítima indicam que o crime se deu sem motivo aparente ou plausível que justifique o disparo contra a cabeça da vítima, que, ao que tudo indica, não teve chance de defesa”.
O desembargador pontuou ainda que “há elementos suficientes a demonstrar, nos autos, a presença do fumus comissi delicti. Doutro lado, o modus operandi empregado pela paciente, que se aproveitou do fato de estar sozinha com a vítima, atingindo de surpresa, revela o risco concreto de que, em liberdade, a paciente possa voltar a atentar contra a vida da vítima, que ainda se recupera”.