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POLÍCIA
Quinta - 02 de Julho de 2015 às 10:04
Por: Diario de Cuiabá

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 Há 15 anos no mesmo ponto, uma distribuidora localizada na Avenida Brasil, no bairro CPA II, foi assaltada pela 30º vez na última segunda-feira (30). No mesmo dia, mais dois comércios da avenida foram alvos dos bandidos, que não se sentem inibidos com a movimentação de uma das principais vias da região. 

Pouco depois das 15h, Ari Pozzolo estava trabalhando em seu comércio, que vende alimentos, bebidas e outros tipos de produtos alimentícios, quando foi abordado por dois homens, que pediram todo o dinheiro do caixa. “Por sorte eu tinha cerca de R$ 300, que aprendi a deixar em caixa por conta da quantidade de assaltos que já sofri. Quando não tem nada, a reação deles é pior, mais agressiva”, lembrou o comerciante, que não esconde o descontentamento. 

Segundo Ari, a dupla atravessou a rua e foi correndo para um espaço aberto, que dá acesso à rua de trás da avenida. E por lá, montaram em duas motos e fugiram. Não demorou muito, cerca de 1h30 depois, outro comércio de produtos naturais da avenida também foi alvo de um bandido. Dessa vez, ele estava de bicicleta, mas armado. “Eu estava sozinha quando ele entrou como cliente, olhando os produtos, até que veio no caixa apontou a arma para mim, pediu o dinheiro, ameaçando o tempo todo e fugiu”, disse Lucineide Machado, dona da loja. 

Diferente de Ari, que já teve seu comércio assaltado 30 vezes, essa foi a primeira vez, em 17 anos, que Lucineite é vítima. Do caixa foram levados R$ 100. “Agora fica o susto né, meu psicológico abalado, qualquer um que entra aqui já fico desconfiada. Pode ser qualquer um, não tem mais como saber quem é e quem não é bandido”, explicou. 

O terceiro assalto na mesma localidade foi registrado pouco depois, em uma barraquinha de espetinho. Como o Diário esteve cedo na região, o comércio ainda não estava funcionando. 

Ari, por exemplo, está desanimado com a rotina movida pelo receio. Ele já pensou em fechar as portas do comércio. “Não parei ainda porque não sei o que fazer, só sei fazer isso, sou comerciante desde sempre”. 

Ele explicou ainda que já tentou mobilizar, junto com os demais comerciantes, reforço policial na área, mas as tentativas têm sido em vão. “Eu e meu vizinho aqui, que também é comerciante, já disputamos quantas vezes um o outro foi assaltado. Eu ganhei. Uma vez empatamos, mas em menos de 1 hora, passei a liderança. É trágico que chega a ser cômico”, desabafou. 

O Diário entrou em contato com o 3º Batalhão da Polícia Militar, no CPA, mas o coronel responsável pelo local não estava. Os comerciantes clamam por policiamento. 





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