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POLÍTICA
Segunda - 22 de Junho de 2015 às 18:39
Por: Redação TA c/ Assessoria

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Senador Wellington Fagundes (PR-MT)
Senador Wellington Fagundes (PR-MT)
O senador Wellington Fagundes (PR-MT) denunciou a existência de uma rede de atravessadores atuando no Haiti, no “comércio de transferência” de pessoas para o Brasil, a um custo que varia de R$ 4 a R$ 6 mil. “E eles pagam, na esperança de dias melhores” – alertou, durante pronunciamento nesta segunda-feira, 22, da tribuna do Senado. Ele cobrou do Governo brasileiro a necessidade de "combater esse tipo de prática" no Haiti.  Wellington também defendeu a aprovação do projeto que cria a Lei da Migração para substituir o atual Estatuto do Estrangeiro.

“Não podemos permitir  que pessoas enganem as outras numa reedição mal acabada do vendedor de sonhos” – disse o parlamentar, ao destacar  o crescimento das desigualdades sociais em Mato Grosso com a chegada de 2.700 haitianos em Cuiabá desde a Copa do Mundo, no ano passado. Segundo o senador, a capital de Mato Grosso recebe em média de 20 a 30 haitianos por dia. A maioria tem dificuldade para conseguir emprego e se regularizar.


Diante desse quadro, Wellington ressaltou que os haitianos são excluídos da atenção básica do Estado. Os doentes, segundo ele, ao destacar extratos de reportagens publicadas pela imprensa,  só conseguem atendimento médico com ajuda da Pastoral do Migrante.


“Não podemos transformar essa linha imigratória em um problema social a mais para o nosso país. Devemos acolher, mas acolher com responsabilidade. É preciso que tratemos desse assunto com o respeito que o povo haitiano merece” - disse.


O senador republicano cobrou medidas por parte do Governo brasileiro em apoio aos governos dos Estados e dos governos municipais, no sentido de fazer com que os haitianos tenham, ao chegar no Brasil, “todas as condições para que eles possam desenvolver aqui as suas esperanças, os seu sonhos”.


Segundo a Pastoral do Migrante de Mato Grosso, os haitianos desembarcaram em Cuiabá durante o fluxo migratório causado pela catástrofe que se abateu sobre o país caribenho. A migração ganhou força, principalmente no ano passado. Dos 2 mil e 700 imigrantes,  apenas 751 estão devidamente registrados na Polícia Federal, segundo relatou o senador.

Atualmente, o Senado trabalha numa nova legislação para regular a entrada e a permanência de estrangeiros. O projeto da nova Lei de Migração  é de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), e  pretende substituir o Estatuto do Estrangeiro, criado no começo dos anos 80, quando o Brasil ainda estava sobre um outro regime. “Por ser o Brasil um importante destino de imigração, o projeto, relatado pelo senador Ricardo Ferraço, traz a perspectiva do acolhimento – o que é muito salutar e importante nas relações entre os povos” - frisou.

Wellington ressaltou ainda que no ultimo dia 20, sábado, se comemorou o Dia do Refugiado, estipulado pela ONU para celebrar a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, definida em 1951. O documento foi assinado por 147 países, inclusive o Brasil, e busca garantir a segurança e o bem estar dos refugiados no âmbito internacional. “Portanto – ele finalizou -,  é preciso que tratemos desse assunto com responsabilidade também para que honremos essa convenção".

 





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