Alunos ficam sem aula por falta de merenda em Várzea Grande
Há quase um mês a Prefeitura Municipal suspendeu temporariamente os pagamentos aos fornecedores. A nova prefeita Lucimar Campos (DEM) determinou que fossem feitas revisões de todos os contratos e gastos com as empresas, com o objetivo de promover contingenciamento de despesa. Entre eles, o contrato com a empresa que oferece serviços para o transporte escolar, locação de veículos, caminhões, ônibus, micro-ônibus, vans e máquinas para a prefeitura, no valor de R$ 10,2 milhões e assinado em abril.
Sem o repasse financeiro, as empresas deixaram de realizar os serviços. Por meio de nota, a Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Várzea Grande, informou que está adotando todas as medidas jurídicas e administrativas cabíveis a fim de sanar o problema no fornecimento da merenda escolar distribuída nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) e do transporte escolar.
A medida se faz necessária visando lisura e segurança para a atual gestão na execução desses processos, visto que existem dívidas da gestão anterior em vários contratos de prestação de serviços, consta trecho da nota.
Cotinhas
O presidente do Sintep, Gilmar Soares, conta que os professores têm realizado cotas nas escolas e creches para comprar alimentos. Os pais dos estudantes também estariam colaborando com diversos produtos para a alimentação dos filhos.
Em uma das escolas, os profissionais realizaram um festival do pastel com intuito de arrecadar dinheiro para a compra dos alimentos. Já em outras, a merenda conta com bolacha de sal ou apenas um chá.
A falta de água é outra situação enfrentada nas unidades escolares, conforme Soares. Temos muitos problemas de infraestrutura e em algumas escolas a caixa dágua está quebrada e não suporta mais segurar toda a água que chega. Os caminhões pipas não estão realizando o abastecimento nas unidades, o que acaba sendo necessário suspender as aulas, pontuou.