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POLÍTICA
Terça - 02 de Junho de 2015 às 10:12
Por: Diário de Cuiabá

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 O senador Blairo Maggi, ainda líder do PR no Senado, começou uma rodada de conversa em separado com as principais lideranças do partido em Mato Grosso, sinalizando em definitivo que deverá deixar a agremiação. A decisão de Blairo Maggi demonstra que ele pode recuar, mesmo que temporariamente, de uma troca de partido para esperar as novas regras da Reforma Política. Líder de um grupo que está unido desde 2003 quando chegou ao governo do Estado, Blairo Maggi arregimentou nomes aliados pelo tratamento dispensado a cada um dentro do grupo ou partido, tanto que quando deixou o PPS por imposição da cúpula nacional, levou mais de 95% dos quadros da sigla para o PR, criado a partir da fusão do PL e do PRONA. 

Em que pese não ter feito imposições a respeito do futuro daqueles que o acompanham há várias eleições, Blairo Maggi sinalizou que o clima dentro do Congresso Nacional é pela instituição ainda neste ano do que se convencionou chamar de ‘freio de arrumação’, período de 60 dias em que os detentores de mandato eletivo poderiam trocar de agremiação sem sofrer processos judiciais por infidelidade partidária, que nos casos de eleição proporcional (deputados federal, estadual e vereador) é ponto pacifico dentro das maiores Cortes Judiciais, o Supremo Tribunal Federal - STF e o Tribunal Superior Eleitoral – TSE. 

Mesmo dando satisfação para os deputados estaduais do PR que na sua grande maioria tem uma tendência de acompanhá-lo, o senador na sua empreitada lembra que a força do PMDB exige cálculos importantes dentro da nova regra eleitoral. Sem conhecer as regras definitivas para o processo eleitoral, que ainda estão sendo apreciados na Reforma Política que tramita na Câmara dos Deputados, dificilmente os deputados estaduais teriam a mesma mobilidade do senador ou daqueles eleitos em disputa majoritária (presidente, governador ou prefeito), pois estes deixaram de ser penalizados pela regra da infidelidade partidária, justamente por não precisarem de votos de legenda ou de coligações para conquistarem suas vagas. 

Com votos de legenda, que na proposta da Reforma Política acabaram permanecendo, justamente por causa das pequenas agremiações que elegeram em 2014, deputados federais de 28 partidos, uma sigla do tamanho do PMDB passaria a exigir mais votos dos seus candidatos a uma vaga proporcional, seja ela de vereador ou de deputado estadual ou federal





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