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Interpol confirma a prisão de pais e Justiça deve pedir extradição
A prisão na Itália do casal acusado de sequestrar a menina Ida Verônica Feliz atualmente, com 10 anos, foi confirmada pela Polícia Federal em Mato Grosso.
Agora, caberá aos juízes responsáveis pelo caso definir se solicitarão pedido de extradição do italiano Pablo Milano Escarfulleri, 45 anos, e da dominicana Élida Isabel Feliz, 35 anos.
De acordo com a delegada da Polícia Federal no Estado, Heloísa Faveri, que é a representante regional da Interpol, a prisão ocorreu no sábado (23), no interior da Itália.
A ação ocorreu por causa do pedido de prisão feito pela Interpol ao país europeu. Por não possuir a guarda dos dois filhos menores - há um outro filho no Estado de Santa Catarina , o casal sequestrou as crianças no Brasil e fugiu para fora do país.
“Até agora, o que eles [a Justiça italiana] nos passaram é que, no momento da prisão, o casal não estava na companhia dos filhos. Mas, não sabemos se as crianças estavam em casa”, contou a delegada.
A Interpol foi comunicada somente sobre a prisão da dupla. A PF solicitou informações completas à Justiça Italiana, incluindo o paradeiro dos filhos do casal.
“A Interpol comunicou, por enquanto, apenas sobre a prisão. Porém, eles não nos forneceram mais informações ainda, tanto das circunstâncias da prisão quanto sobre a localização dos filhos menores”, disse Faveri.
A decisão pelo pedido de extradição do casal para o Brasil ficará a cargo dos juízes que instituíram o pedido de prisão.
Para a elucidação do caso, a Interpol solicitou a Difusão Vermelha, ação que possui uma lista com fotos e dados sobre criminosos procurados. Os documentos são enviados aos países que integram a organização.
Conforme a delegada, quando é feito o pedido de Difusão Vermelha, há grandes chances de que a extradição dos presos seja solicitada.
A prisão dos pais de Ida Verônica e a guarda das crianças fazem parte de processos distintos, segundo informou a delegada.
A primeira ação faz parte de um processo criminal e a outra é referente à área cível. O italiano e a dominicana tiveram dois mandados de prisão expedidos no Estado de Mato Grosso, e um deles foi realizado neste ano.
Retorno
O delegado Flávio Henrique Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, informou, na quarta-feira (27), que não há possibilidades de a menina Ida Verônica Feliz voltar para o Brasil, com a prisão dos pais dela na Itália.
De acordo com Stringueta, que investigou o caso e pediu a prisão dos pais de Verônica em 2013, em Mato Grosso, a menina não tem nacionalidade brasileira e, por isso, ela e os irmãos devem ficar sob responsabilidade da Justiça Italiana, ou de algum familiar local.
“Mesmo com a prisão dos pais da Ida Verônica, não há possibilidades de ela voltar para o Brasil, tendo em vista que a nacionalidade dela é dominicana”, afirmou.
Caso Ida Verônica
Ida Verônica foi raptada da casa em que morava com a família adotiva, em Cuiabá, em abril de 2013.
Apontados como os principais mandantes do sequestro, os pais biológicos da garota são condenados por tráfico internacional de drogas, segundo informações da Polícia Civil, na época.
Ambos foram presos no Brasil por tráfico de drogas em 2006. A mãe, Élida, foi presa em um apartamento em Florianópolis (SC), com 3 mil comprimidos de ecstasy. Pelo crime, ela foi condenada a 10 anos de prisão.
Já o pai, Pablo, foi preso por tráfico internacional e expulso do país no ano de 2009, após cumprir pena por tráfico de drogas em Mato Grosso.
A mãe, que tem nacionalidade dominicana, foi colocada em liberdade, mas depois teve novamente a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Catarina, por quebra de regime.
No dia 30 de setembro de 2010, a mulher fugiu do país, levando outro filho biológico - na época, com três anos -, que morava provisoriamente com uma família, na cidade de Tubarão (SC).
O menino nasceu na prisão. Na ocasião, a mãe biológica aproveitou-se de uma das visitas autorizadas pela Justiça e raptou a criança.
Agora, caberá aos juízes responsáveis pelo caso definir se solicitarão pedido de extradição do italiano Pablo Milano Escarfulleri, 45 anos, e da dominicana Élida Isabel Feliz, 35 anos.
De acordo com a delegada da Polícia Federal no Estado, Heloísa Faveri, que é a representante regional da Interpol, a prisão ocorreu no sábado (23), no interior da Itália.
A ação ocorreu por causa do pedido de prisão feito pela Interpol ao país europeu. Por não possuir a guarda dos dois filhos menores - há um outro filho no Estado de Santa Catarina , o casal sequestrou as crianças no Brasil e fugiu para fora do país.
“Até agora, o que eles [a Justiça italiana] nos passaram é que, no momento da prisão, o casal não estava na companhia dos filhos. Mas, não sabemos se as crianças estavam em casa”, contou a delegada.
A Interpol foi comunicada somente sobre a prisão da dupla. A PF solicitou informações completas à Justiça Italiana, incluindo o paradeiro dos filhos do casal.
“A Interpol comunicou, por enquanto, apenas sobre a prisão. Porém, eles não nos forneceram mais informações ainda, tanto das circunstâncias da prisão quanto sobre a localização dos filhos menores”, disse Faveri.
A decisão pelo pedido de extradição do casal para o Brasil ficará a cargo dos juízes que instituíram o pedido de prisão.
Para a elucidação do caso, a Interpol solicitou a Difusão Vermelha, ação que possui uma lista com fotos e dados sobre criminosos procurados. Os documentos são enviados aos países que integram a organização.
Conforme a delegada, quando é feito o pedido de Difusão Vermelha, há grandes chances de que a extradição dos presos seja solicitada.
A prisão dos pais de Ida Verônica e a guarda das crianças fazem parte de processos distintos, segundo informou a delegada.
A primeira ação faz parte de um processo criminal e a outra é referente à área cível. O italiano e a dominicana tiveram dois mandados de prisão expedidos no Estado de Mato Grosso, e um deles foi realizado neste ano.
Retorno
O delegado Flávio Henrique Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, informou, na quarta-feira (27), que não há possibilidades de a menina Ida Verônica Feliz voltar para o Brasil, com a prisão dos pais dela na Itália.
De acordo com Stringueta, que investigou o caso e pediu a prisão dos pais de Verônica em 2013, em Mato Grosso, a menina não tem nacionalidade brasileira e, por isso, ela e os irmãos devem ficar sob responsabilidade da Justiça Italiana, ou de algum familiar local.
“Mesmo com a prisão dos pais da Ida Verônica, não há possibilidades de ela voltar para o Brasil, tendo em vista que a nacionalidade dela é dominicana”, afirmou.
Caso Ida Verônica
Ida Verônica foi raptada da casa em que morava com a família adotiva, em Cuiabá, em abril de 2013.
Apontados como os principais mandantes do sequestro, os pais biológicos da garota são condenados por tráfico internacional de drogas, segundo informações da Polícia Civil, na época.
Ambos foram presos no Brasil por tráfico de drogas em 2006. A mãe, Élida, foi presa em um apartamento em Florianópolis (SC), com 3 mil comprimidos de ecstasy. Pelo crime, ela foi condenada a 10 anos de prisão.
Já o pai, Pablo, foi preso por tráfico internacional e expulso do país no ano de 2009, após cumprir pena por tráfico de drogas em Mato Grosso.
A mãe, que tem nacionalidade dominicana, foi colocada em liberdade, mas depois teve novamente a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Catarina, por quebra de regime.
No dia 30 de setembro de 2010, a mulher fugiu do país, levando outro filho biológico - na época, com três anos -, que morava provisoriamente com uma família, na cidade de Tubarão (SC).
O menino nasceu na prisão. Na ocasião, a mãe biológica aproveitou-se de uma das visitas autorizadas pela Justiça e raptou a criança.
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