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MEIO AMBIENTE
Terça - 12 de Maio de 2015 às 14:43
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Com objetivo de identificar, recuperar e proteger as nascentes dos rios foi realizada a primeira visita técnica no município de São Pedro da Cipa (149 km a Oeste de Cuiabá), na propriedade do produtor rural, Juventino Campos, localizada na comunidade Laço de Ouro. Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Ação Verde e professores da Escola Estadual Irmã Miguelina Corso percorreram a área e encontraram nascente desprotegida no alto da serra com potencial de uso.

O projeto de Tecnologia Social Sustentável para Recuperação de Nascentes e a ampliação do viveiro de mudas nativas da Empaer é uma parceria com o Instituto Ação Verde a fim de recuperar as nascentes e produzir mudas para áreas degradadas e matas ciliares. O coordenador do viveiro de mudas da Empaer, Antônio Rocha Vital, fala que encontrou a nascente degradada sem mata ciliar e muito pisoteio, contudo, mesmo assim, tem potencial de uso e apresenta uma vazão de mil litros de água por hora.

Rocha destaca que o município está inserido na Bacia do Rio São Lourenço, onde foi encontrada uma nascente pequena com vazão de aproximadamente seis polegadas de água que poderá abastecer a comunidade por gravidade. O sistema por gravidade é o mais barato, quando isso ocorre, basta "abrir" a água que ela virá deslizando por uma valeta, cano ou mangueira que a coleta no manancial.

O projeto pretende recuperar, conservar as nascentes e levar tecnologia para promover a retenção da água da chuva, controle de erosão, recuperação da cobertura vegetal e captação de água da chuva para consumo humano. A equipe vai percorrer outras áreas com nascentes na região. Segundo ele, o primeiro passo é o registro da nascente, recuperação da área e depois a utilização. “As nascentes estão desaparecendo devido ao desmatamento das encostas, matas ciliares e pelo uso inadequado do solo nas áreas rurais”, enfatizou Vital.

A extensionista da Empaer, Carmencita S. Tabareli, o engenheiro florestal da Ação Verde, Lucas Neri Araújo e a geógrafa da Escola Miguelina Corso, Solange de Oliveira Reis também participaram da visita técnica.

Conforme Carmencita, a comunidade Laço de Ouro depende da conservação desta e de outras nascentes para não comprometer seu abastecimento hídrico. O projeto também envolve a área educacional e alunos do ensino médio que já trabalham num projeto pedagógico com o tema microbacia. “Esse trabalho busca analisar as nascentes e as possíveis soluções para o seu uso adequado”, comentou Carmencita. 




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